A saga de Alisson e seus três mosqueteiros no time da Uefa; Brasil tem mais representantes

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  • Clara Albuquerque

Publicado em 29 de maio de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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O impressionante tricampeonato da Liga dos Campeões conquistado pelo Real Madrid, no fim de semana, marcou o fim da temporada europeia. É hora de pensar exclusivamente nas seleções que embarcam pra Rússia nos próximos dias. Antes, no entanto, vamos falar de uma seleção que encerrou a aventura mais desejada do futebol europeu: o time da Uefa, escolhido pelos observadores técnicos da instituição. E é claro que tem brasileiro na lista (e uma ausência significativa também).

São 18 nomes na relação, dominada por jogadores merengues, e o Brasil é o país com o maior número de representantes. Vamos aos escolhidos:  Goleiros: Navas (Real Madrid) e Alisson (Roma); Defensores: Kimmich (Bayern de Munique ), Sergio Ramos (Real Madrid), Marcelo (Real Madrid), Chiellini (Juventus), Virgil van Dijk (Liverpool) e Varane (Real Madrid); Meio de campo: Kevin De Bruyne (Manchester City), Casemiro (Real Madrid), Luka Modric (Real Madrid), Toni Kroos (Real Madrid) e James Rodríguez (Bayern de Munique); Atacantes: Edin Dzeko (Roma), Roberto Firmino (Liverpool), Messi (Barcelona), Cristiano Ronaldo (Real Madrid) e Mohamed Salah (Liverpool). Dos quatro brasileiros, três mosqueteiros na final e, claro, o goleiro Alisson, que parou no Liverpool.

O arqueiro brasileiro fechou a temporada em alta e elogiado em toda a Europa: “performances excelentes na jornada até a semifinal. Foram suas defesas diante do Shakhtar que mantiveram seu time na competição”, analisaram os especialistas da Uefa. O jogador da Roma foi uma espécie de D’Artaghan neste último ciclo: um aspirante a mosqueteiro que, no livro de Alexandre Dumas, vai até Paris com o sonho de entrar para a elite dos guardas do rei. No caso de Alisson, se a conquista da Europa não veio através de um título, ela veio sem dúvida no reconhecimento que garantiu nos últimos meses.

Por falar em título, dos três mosqueteiros em campo na final de Kiev, apenas Firmino tentava sua primeira orelhuda. Foi uma temporada absurda, ainda que o atacante não tenha se destacado na última batalha do ano com as cores do Liverpool. Já Marcelo e Casemiro se tornaram os brasileiros com o maior número de taças da Liga dos Campeões na história. São quatro conquistas pra cada um, celebradas no período de cinco anos, superando Roberto Carlos, Sávio e Daniel Alves, campeões em três oportunidades. E aqui vale o registro: Marcelo é bastante coroado (merecidamente) pela torcida brasileira, enquanto Casemiro é, às vezes, deixado mais pra trás. Isso não é algo que acontece por aqui: “motor do time, rendimento excepcional e imprescindível para a equipe” são elogios comuns quando a imprensa se refere ao volante titular da Seleção Brasileira. Para os especialistas da Uefa, Casemiro é a “base do trio central imaculadamente equilibrado do Real Madrid”. 

A ausência que chama atenção na lista, claro, é Neymar. Não só por ser brasileiro. O craque visto como possível herdeiro das bolas de ouro de Messi e/ou CR7, perdeu espaço na Europa, não só pela contusão que o deixou fora dos gramados no fim da temporada. A ida para o PSG tirou Neymar do foco, tecnicamente falando. Fora dos campeonatos respeitados, na Europa, o brasileiro passou a ser rei na França, mas deixou de competir com a realeza. Para voltar aos holofotes, claro, a Copa do Mundo é o conjunto de reinos perfeito.

Clara Albuquerque é jornalista e correspondente na Europa