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Em autobiografia, estrela da moda fala sobre a sensação de ter fama, mas não voz
Vanessa Brunt
Publicado em 22 de dezembro de 2018 às 08:25
- Atualizado há um ano
Imersa no mundo da passarela desde os 14 anos, Gisele Bündchen, hoje com 38, vai muito além dos bastidores da moda no livro Aprendizados: Minha Caminhada Para uma Vida, sua autobiografia. Em 240 páginas, ela discorre a sensação de, por muitos anos, ter tido fama, mas não voz. Gisele se aproxima dos leitores ao abordar temas como bullying, julgamentos, crises de pânico, pensamentos suicidas e arrependimentos.
As declarações mais pessoais da modelo servem como metáforas para problemas sociais. A cobrança excessiva da indústria da moda, por exemplo, reflete sobre a objetificação das mulheres em meio a uma sociedade machista e preconceituosa em diversos níveis.
É em meio a tal realidade que a famosa explica como criou a noção de enxergar a “Gisele modelo” como alguém distante e diferente dela mesma (um tipo de personagem). “Numa tentativa de me proteger e evitar sofrer ou me sentir um objeto, eu criei um escudo ao redor de mim mesma. O meu eu privado era Gisele, mas a modelo Gisele era ela. Era como eu a chamava também – ela. Ela era uma atriz. Uma performer. Uma camaleoa. Uma personagem que criei para expressar a fantasia de um estilista”, anota.
O livro segue com Gisele falando de vários temas, como as crises de ansiedade e as mútiplas pressões que sofreu. Ela conta que mudou de vida quando resolveu desacelerar e que encontrou o equilíbrio na ioga e na alimentação mais natural, livre de açúcar e café. Captando o quanto pausar também é estar fazendo, ela diminuiu o ritmo e abraçou o estilo de vida equilibrado que segue atualmente.
*Com orientação da editora Ana Cristina Pereira