Aderllan admite dias difíceis após goleadas e promete reação

Zagueiro volta ao time contra o Palmeiras e acredita em Leão mais forte a partir de agora

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  • Fernanda Varela

Publicado em 17 de agosto de 2018 às 16:29

- Atualizado há um ano

. Crédito: Maurícia da Matta/EC Vitória

Depois que seu time toma uma goleada, a vontade é que a segunda-feira seguinte demore de chegar para não encarar aquele torcedor rival pirracento no trabalho, né? No caso do jogador de futebol, a provocação dos colegas não existe, mas sair na rua pode ser uma experiência insuportável.

De volta ao time após se recuperar de um cansaço muscular, Aderllan fez um tratamento intensivo para voltar a jogar e ajudar o Vitória a não sofrer com tantas goleadas. Os placares elásticos têm incomodado e muito o zagueiro. "A gente sente. Eu já não saio muito, mas tive que sair depois desse jogo contra o Grêmio (derrota por 4x0) para comprar carne. Cheguei no açougue e o cara disse: ‘irmão, quatro de novo?’. Claro que isso é chato, é ruim. A imagem da gente fica marcada. Ninguém quer perder de quatro, de três. É difícil para nós, jogadores, porque sentimos vergonha disso. Não estive na última goleada para o Grêmio, mas sou parte do elenco. Estava nas goleadas contra nosso rival e contra o Santos. Isso mancha a imagem”, explicou.

O torcedor rubro-negro provavelmente torceu o nariz para o desabafo do jogador. Afinal, ninguém mais que ele, que veste vermelho e preto desde pequeno, ficou sentido com os placares elásticos recentes. E, apesar de desabafar sobre o que sente, Aderllan reconhece isso. “Se nós, jogadores, sentimos vergonha, imagine o que o torcedor vem sentindo. Me sinto na pele deles também. Nós precisamos corrigir isso logo, parar de tomar gol”, avaliou.

Reconhecer o problema é o primeiro passo. E isso foi feito não apenas por Aderllan, mas pelo técnico Paulo Cézar Carpegiani, que já começou a mexer no time para o seu jogo de estreia, contra o Palmeiras, domingo (19), às 16h, no Barradão. Segundo o zagueiro, que deve formar dupla com Ruan Renato, a defesa é um dos pontos mais urgentes que o novo comandante rubro-negro quer corrigir. “Ele fala muito em corrigir principalmente a parte defensiva. Vamos ter que trabalhar para mudar isso. Eu creio que agora, com a chegada do professor, não vamos sofrer tantos gols. O psicológico é fundamental para isso”, analisou.

O puxão de orelha é justificável. O Vitória tem 36 gols sofridos nesse Brasileirão e é dono da pior defesa da competição. No entanto, existem alguns bons motivos para acreditar em uma reação. Embora já some três partidas seguidas sem vencer na Série A, o rubro-negro não decepciona no Barradão. Já são quatro jogos sem consecutivos sem perder no estádio, sendo três triunfos, contra Chapecoense, Paraná e Sport, e um empate contra o Cruzeiro. E apenas um gol sofrido nessas partidas, contra a Raposa.