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Defesa quer saber se o áudio foi editado; pedido foi protocolado na noite deste domingo (21)
Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2017 às 20:53
- Atualizado há um ano
Um pedido de esclarecimento de quinze pontos da gravação de conversa entre Michel Temer e Joesley Batista foi protocolado pela defesa do presidente na noite deste domingo (21). Os advogados querem saber se o áudio foi editado. Entre os questionamentos da defesa do ex-presidente estão se o áudio divulgado pela imprensa corresponde à gravação na íntegra, se o conteúdo foi alterado com mudança de ordem de texto ou com inserção de ruídos. A noite deste domingo foi o prazo final dado pelo ministro do STF Edson Facchin para que os advogados de Temer e a Procuradoria Geral da República pedissem esclarecimentos à Polícia Federal quanto a possíveis alterações no áudio.
Veja a lista completa dos questionamentos da defesa de Michel Temer:
- As degravações veiculadas pelos meios de imprensa correspondem à integralidade da conversa reproduzida no áudio?
- Qual o tempo de duração do áudio?
- É possível identificar a supressão de palavras ou expressões na gravação, ou que tenham sofrido adulteração que lhes modificou o sentido real?? Na hipótese de resposta afirmativa, pode-se apontar os momentos respectivos da gravação?
- Pelo nome do arquivo, ou pelos seus metadados, é possível identificar a marca, modelo e o sistema de gravação do aparelho utilizado?
- Qual o formato do arquivo de áudio? Este tipo de arquivo possui alguma proteção contra edições e manipulações? É possível manipular este tipo de arquivo com relativa facilidade?
- O aparelho utilizado foi resguardado e mantido em cadeia de custódia, conforme determinam os POP’s?
- No início da gravação ouve-se um áudio que parece ser uma transmissão de rádio. É possível identificar em que horário e quanto tempo durou esta transmissão?
- No final do áudio, ouve-se nova transmissão de rádio, é possível identificar o horário em que foi realizada esta transmissão?
- O jornal “Folha de São Paulo” na edição do dia 20 do corrente, afirma que após uma perícia, o Sr. Ricardo Caires dos Santos, perito judicial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo foram identificadas 50 edições no áudio. É possível apontá-las?
- O jornal “O Estado de São Paulo”, com base em perícia do Sr. Marcelo Carneiro de Souza, identificou 14 “fragmentações” no mesmo áudio. É possível identificá-las?
- Há momentos de ruído alto no áudio, é possível identifica-los e apontar a razão de tais ruídos?
- Esses ruídos podem ter sido incluídos na gravação para mascarar cortes ou edições?
- A frase “tem que manter isso, viu” dita pelo presidente Michel Temer é imediatamente precedida por qual frase de seu interlocutor?
- O nome do arquivo identifica uma data. Esta data coincide com o dia do diálogo? Pelo sistema de gravação, se identificado, é comum o salvamento automático com a data do dia de gravação? Se não coincidir é possível afirmar que houve adulteração no nome do arquivo?
- De acordo com a gravação a ser periciada, é possível analisar a porcentagem de participação de cada interlocutor no diálogo? Em resposta afirmativa, qual seria esta divisão?