Advogado que espancou policial em Feira vai para prisão domiciliar

Orlando Assis responde por duas tentativas de homicídio e porte ilegal de arma

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  • Da Redação

Publicado em 21 de março de 2019 às 16:09

- Atualizado há um ano

O advogado Orlando Freire de Assis, 29 anos, que foi preso depois de espancar um policial civil e tentar balear um homem, em Feira de Santana, no Centro-Norte do estado, teve a prisão preventiva convertida em domiciliar. A decisão foi publicada na terça-feira (19) e confirmada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

A Justiça aceitou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do advogado. No documento, a defesa alegou que o Conjunto Penal de Feira de Santana, onde Orlando estava preso, não oferece as condições necessárias para a prisão e que o advogado possui todos os requisitos que possibilitam aguardar o andamento do processo em liberdade. Orlando foi preso no dia 13 de fevereiro (Foto: Reprodução) O crime aconteceu na noite do dia 10 de fevereiro deste ano, um domingo, e foi registrado por uma câmera de segurança. Segundo a polícia, Orlando e o policial civil Sérgio Roberto Souza Oliveira tiveram uma discussão nas imediações do Boulevard Shopping, no bairro do Caseb, que terminou com os dois trocando socos e chutes.

Nas imagens é possível ver que Orlando continua agredido a vítima, mesmo depois que o policial já estava desacordado. Uma mulher que estava com o advogado tenta impedir as agressões, mas não consegue. Um caminhoneiro que passava pela região também tenta interferir, mas corre depois que o agressor pega a arma que o investigador tinha na cintura e faz alguns disparos.

Orlando se entregou três dias depois do crime, algumas horas após o Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindipoc) oferecer recompensa de R$ 1 mil para pessoas que tivessem informações sobre o paradeiro dele. O advogado está sendo indiciado por duas tentativas de homicídio e porte ilegal de arma.

À polícia, o advogado afirmou que "perdeu a cabeça" e que “não tinha intenção de matar ninguém”. 

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Feira de Santana informou que, caso sejam comprovados os crimes, o advogado pode ter a carteira cassada.