Afropunk terá edição virtual com artistas baianos e curadoria de Larissa Luz

Evento comemora 15 anos em 2020 e tinha edição programada para acontecer em Salvador

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 7 de outubro de 2020 às 15:49

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Você com certeza já leu incontáveis vezes notícias que dizem que algum evento ou atividade renomada "precisou se adequar às restrições do coronavírus e vai lançar um formato virtual". Bom, cá estamos para mais uma. E não é qualquer uma, é bom dizer: estamos falando do Afropunk - o maior festival de cultura negra no mundo, que vai fazer um novo formato entre os dias 23 e 25 deste mês de outubro.

O nome da criança é 'Planet Afropunk: o povo negro é o passado, o presente e o futuro'. O evento será online, totalmente gratuito e, de acordo com a organização "trará um recorte global da comunidade criativa negra que dialoga esteticamente e artisticamente com o Afropunk". E terá muito tempero baiano na festa.

O evento comemoraria seus 15 anos em 2020 tinha edição programada para acontecer no Centro de Convenções da capital baiana. Para manter o elo com a terra de todos os santos, o Afropunk anunciou que vai usar e abusar da "verdade musical" entregue por artistas negros baianos, que produzirão conteúdo inédito gravado em Salvador. Tudo isso com curadoria da cantora, atriz e compositora Larissa Luz.

"Ao longo de 3 dias, a missão do Afropunk, de conectar a diáspora africana globalmente, se materializa neste grande encontro virtual, de celebração da cultura e criatividade negra por meio da música, conversas e arte", disse o evento em comunicado divulgado à imprensa.

O lineup do festival virtual, com atrações e horários ainda não foi divulgado. No entanto, o público já pode acessar o site oficial do evento para acompanhar as atualizações e fazer a inscrição, que é gratuita.

Desde 2005, o evento acontece no Brooklyn, em Nova York. No entanto, já teve edições em Paris, Atlanta, Londres e Joanesburgo. Além de ser reconhecido pelo line-up, o Afropunk é prestigiado por sua missão de promover a liberdade e ser um transformador social. O festival é referência para moda, arte, economia criativa e empreendedorismo negro.

A relação do Afropunk com o Brasil - e com Salvador - se estreitou no início do ano passado, quando Matthew Morgan, co-fundador do evento, esteve na cidade acompanhando o Carnaval. Foi nessa ocasião que ele conheceu detalhes da Batekoo, festa criada há seis anos, no Rio Vermelho.