Agência americana atesta contaminação mas suspende Anderson Silva

Brasileiro só poderá voltar a lutar em 11 de novembro

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 18 de julho de 2018 às 16:05

- Atualizado há um ano

. Crédito: UFC/Divulgação

Meio culpado, meio inocentado. É mais ou menos assim que Anderson Silva acabou sendo classificado pela Agência Antidoping dos EUA (Usada). Pego em um exame antidoping em novembro do ano passado, com metabólitos de metiltestosterona, um anabolizante, e hidroclorotiazida, diurético que pode mascarar outras substâncias ilícitas, o lutador brasileiro acabou aceotando uma suspensão de um ano, ainda que a Usada tenha aceitado a teoria da defesa do Spider, de contaminação de suplemento.

A punição é retroativa à data que Anderson recebeu o comunicado de que sua amostra era positiva. Ou seja, o lutador de 43 anos poderá voltar ao octógono em 11 de novembro deste ano. Depois de análises, a Usada detectou que as amostras enviadas pelo staff estavam contaminadas. 

Anderson, que já havia sido condenado por doping em 2015, por conta de um estimulante, é o quarto brasileiro a ser 'inocentado' por contaminação cruzada. Antes dele, haviam recebido suspensões brandas, de seis meses, Junior Cigano, o baiano Rogério Minotouro e  Marcos Pezão. Confira o comunicado da Usada:

"A USADA anunciou nesta quarta-feira que Anderson Silva, de Palos Verdes, Califórnia, aceitou a suspensão de um ano por sua segunda violação do código antidoping da organização após ter resultado positivo para substâncias proibidas contidas em suplementos contaminados.

Silva, de 43 anos, é o quarto atleta a aceitar a sanção prevista na Política Antidoping do UFC após o resultado positivo de um exame causado por uso de suplementos contaminados adquiridos junto a um laboratório brasileiro.

Diferente de farmácias convencionais, que recebem seus produtos de fabricantes comerciais, os laboratórios preparam seus próprios medicamentos de acordo com especificações contidas nas prescrições feitas por escrito.

Dessa forma, os laboratórios também produzem e vendem suplementos nutricionais. Mesmo com os atletas do UFC sendo repetidamente avisados que tais suplementos representam risco de contaminação, por possuírem em suas composições químicas também proibidas não listadas nos seus rótulos, como drogas perigosas, o laboratório que preparou os suplementos de Anderson Silva os vendeu como uma alternativa segura a medicamentos e suplementos para produção de massa muscular, e também alegou utilizar processos criados especificamente para eliminar a possibilidade de contaminação cruzada”.