Agressor do Louvre teria usado o Twitter para falar sobre ataque

Museu reabriu ao público ontem com patrulha de policiais armados com fuzis na entrada do centro de acesso

  • D
  • Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2017 às 16:12

- Atualizado há um ano

O homem que atacou militares na galeria comercial do Museu do Louvre, em Paris, na sexta-feira (3), teria usado o Twitter para falar sobre a ação minutos antes, mencionando o Estado Islâmico, "os irmãos na Síria" e "os combatentes de todo o mundo". Foi o que disseram fontes ligadas à investigação à agência AFP.

De acordo com essas fontes, as postagens seriam de "uma conta do Twitter, cujo titular poderia ser o autor". A polícia está investigando o iPhone 7 e o iPad do agressor.

Segundo o procurador da República em Paris, François Molins, o autor foi identificado como o egípcio Abdullah Reda Hamamy, 29, que entrou na França com um visto de turista vindo de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Na conta do Twitter aberta em nome de Abdallah El Hamahmy, vários tuítes em árabe foram postados nesta sexta, minutos antes do ataque. A conta continuava acessível na última sexta-feira (3) à noite, segundo a AFP.

Um deles, de 9h31 locais (6h31, horário de Brasília), dizia: "em nome de Allah (...) por nossos irmãos na Síria e pelos combatentes de todo o mundo". Um minuto depois, outro tuíte fazia referência ao EI. O ataque começou às 9h50 (6h50, horário de Brasília).

No ataque, um homem com uma faca atacou soldados franceses na entrada do Museu do Louvre, em Paris, e foi atingido por disparos.

MUSEU REABERTO

O Louvre reabriu ao público na manhã deste sábado enquanto vários turistas esperavam do lado de fora para visitar o local, um dos principais museus do mundo, que abriga relíquias artísticas, como a Mona Lisa, e arqueológicas, como o Código de Hamurabi.

No Carrossel do Louvre, centro comercial subterrâneo que dá acesso ao museu e onde aconteceu o ataque, havia duas longas filas de turistas, a maioria chineses. Uma de suas entradas, no entanto, permanecia fechada.Policiais armados com fuzis faziam patrulha entre os turistas, que passavam por um controle de segurança logo na entrada do Carrossel do Louvre.