Aidil Lima e Júlian Fucks defendem a literatura como forma d resistência

Após receber Valter Hugo Mãe, o Claustro do Convento do Carmo foi palco de debate sobre literatura e política; assista

  • Foto do(a) author(a) Naiana Ribeiro
  • Naiana Ribeiro

Publicado em 11 de outubro de 2018 às 20:31

- Atualizado há um ano

. Crédito: Ricardo Prado/Divulgação

Após receber Valter Hugo Mãe e Aleilton Fonseca nesta quinta-feira (11), o Claustro do Convento do Carmo foi palco de uma grande aula sobre literatura e política. Na mesa Pequenas Revoluções em Nossas Trincheiras Cotidianas, a escritora cachoeirana Aidil Araújo Lima e o autor paulistano Júlian Fucks falaram sobre como a literatura pode servir como ferramenta de resistência, podendo, inclusive, ajudar na luta política por um Estado cada vez mais democrático.

Acompanhe a cobertura completa da Flica 2018

"A palavra tem poder. A palavra liberta. Através da dela, as pessoas podem fazer uma leitura do mundo de forma mais intensa e começar a enxergar a realidade", afirmou Aidil, na segunda mesa literária da Festa Internacional de Cachoeira (Flica), mediada por Wesley Correia.

No bate-papo, ela falou ainda sobre lugar de fala. Destacou que só quem é negro pode falar sobre a sua própria invisibilidade, que acontece diariamente na sociedade. "Escrevo sobre mulheres negras e trago memórias afetivas a partir das coisas que vivenciei. Muita gente me procura para dizer que lembra de uma mãe, de um avó, de uma tia, quando lê meus textos. Fico feliz que as pessoas conseguem se ver nas minhas histórias", afirmou a escritora.

O autor Julián Fuks também tem uma literatura de resistência. Seus pais sairam da Argentina, em plena ditadura militar, e se refugiaram no Brasil. Seus textos também contribuem para o debate sobre inclusão e democracia. Assista abaixo ao bate-papo completo.