Ainda dá tempo de consertar, CBB!

Ivan Dias Marques é subeditor e escreve às quartas-feiras

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 28 de julho de 2017 às 06:00

- Atualizado há um ano

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O nome de César Guidetti como novo técnico da seleção masculina surpreendeu e muito. Longe do questionamento quanto à capacidade do técnico do Pinheiros, mas, talvez, um convite que chegou muito cedo.

Menos mal que, a princípio, ele ainda é considerado interino. Me parece uma solução meio às pressas para não perder (mais) tempo antes de jogar a Copa América, que acontece no fim de agosto na Colômbia.

O receio é que o time brasileiro - por mais que pareça contraditório - vá bem. Como deixou de ser um torneio classificatório para o Mundial, é bem provável que as principais forças do continente, senão todas, levem equipes muito jovens ou B para a disputa (parabéns, Fiba, por esvaziar a festa). E, aí, torna-se um tanto imprevisível o resultado final.

Caso a seleção triunfe ou faça uma boa campanha com o elenco jovem que terá, Guidetti ganha força como solução final: jovem, estudioso, competente e, principalmente, barato.

Hoje, a Confederação Brasileira de Basketball (CBB) não tem condições de exigir (leia-se pagar por) exclusividade de nenhum técnico. Se sustentar já tem sido um desafio diário para a gestão de Guy Peixoto, já que seus antecessores acabaram com a confederação.

Assim, os técnicos precisam se manter em seus clubes, o que é ruim para a seleção. É preciso observar os atletas nos países onde jogam, ter tempo para visitar e aprender com grandes equipes e seleção, se capacitar para exercer o cargo. A CBB está tão endividada que não consegue receber nem os recursos da Lei Piva.

Espero que a escolha de Guidetti seja para ganhar tempo até novembro, quando começam as eliminatórias para o Mundial. Aí sim, precisaremos de força total, dentro e fora de quadra.

O nome de José Neto, técnico do Flamengo, seria o mais natural ao cargo. Neto foi auxiliar de Rúben Magnano durante quatro anos e mostra competência à frente do clube carioca (conquistou quatro dos últimos cinco NBBs), além de ter história na seleção, seja na categoria adulta ou na base, desde 2004.

O fato de ter sido parte da comissão de Magnano não deveria ser um critério para descartá-lo, e, sim, para indicá-lo. Por mais que a seleção tenha decepcionado no Rio-2016, o saldo da passagem do treinador argentino pelo Brasil foi positivo em diversos aspectos, sendo um deles, a capacitação dos treinadores daqui.

Ainda há tempo da CBB se corrigir. Passada a Copa América, que o basquete volte ao trilho mais seguro rumo a um futuro, hoje, nublado.

NATAÇÃO

Os irmãos pernambucanos possuem a megalomania no sangue. No caso de Etiene Medeiros, é permitido. A nadadora recifense escreve seu nome cada vez mais forte na história da natação, agora com um ouro nos 50 m costas no Mundial de piscina longa. Espetacular.

MMA EM FEIRA

Acontece no sábado (29), às 18h, no Complexo Esportivo Oyama Pinto, em Feira de Santana, o 11ª Iron Fight Combat, importante evento de MMA que volta à Princesa do Sertão após ocorrer no Rio de Janeiro.

Serão dez lutas de cinco categorias, com destaque para o duelo entre Renato Velame e Jayme Cardoso, pela categoria galo. Os ingressos variam entre R$ 20 e R$ 400.