Além da música, FV20 investe em espaços de entretenimento

Pela primeira vez evento teve roda-gigante, arena de games e feira de artesanato

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  • Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2020 às 23:02

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marina Silva/ CORREIO

O Festival de Verão está diferente, e um dos principais motivos da mudança não está exatamente no line up - que continua trazendo nomes como Ivete Sangalo, Wesley Safadão, Léo Santana e Harmonia do Samba -, mas na estrutura, que pela primeira vez pôs dois palcos gêmeos, com atrações simultâneas, na Arena Fonte Nova.  O público circulava freneticamente para lá e para cá para ver um pouco de um show, e o restante do outro. Problema nenhum para Tânia Ribeiro, 56 anos, mesmo se perdendo de vez em quando do grupo grande que a acompanhava. “Melhor assim, cada um curte o que quer, a gente se junta, se separa, tem opção pra todo mundo”, descomplica. Tânia Ribeiro ao lado do filho, Matheus. Eles vão juntos ao FV há quase 10 anos, e não se incomodaram de ir de um palco a outro curtir as atrações que mais queriam ver (Foto: Marília Moreira/ CORREIO) Veterana, ela marca presença no festival desde quando ele era realizado no Parque de Exposições. “Comecei a vir com meu filho quando ele tinha 13 anos, hoje ele tem 21. São quase dez anos vindo sempre. Pretendo continuar vindo até quando der, porque para mim é um dos maiores eventos da Bahia”, conta. Mas engana-se quem pensa que só de música vive o Festival de Verão. O grande diferencial dessa edição foram os espaços voltados para o lazer e o entretenimento, como a roda-gigante instalada em frente ao Palco Dique; um food park com uma excelente infraestrutura para quem queria aproveitar para descansar durante a parada para o lanche; e a Feira da Sé, que em uma versão pocket reuniu cerca de 20 expositores locais, incluindo um stand de massagem. “Foi rápido  e ainda é  de graça. Vale a pena perder um pouco do show aqui embaixo e curtir de uma forma diferente lá em cima”, garantiram as amigas Jade Luane, Kaline Vasconcelos e Jaiane  Oliveira, todas de 15 anos, sobre a roda-gigante. As amigas Jade Luane, Kaline Vasconcelos e Jaiane Oliveira viram o festival do alto da roda-gigante (Foto: Marília Moreira/ CORREIO) Imersão  Espalhadas nos mais diversos cantos da Arena Fonte Nova, dezenas de cosplayers - pessoas caracterizadas de personagens de jogos, animes, filmes e séries - davam mais um indício de que o evento agora vai muito além da música.  Por onde passavam, os cosplayers eram parados para tirar fotos (Foto: Marília Moreira/ CORREIO) Quem queria tirar a prova, bastava seguir um deles até a Arena Experience, uma área climatizada com cerca de mil metros quadrados dedicada ao público gamer.

Foi assim que esta repórter, nada ligada aos jogos eletrônicos, foi parar lá. De cara, fiquei hipnotizada com o Dance Space, um palco para o povo dançar jogando (ou jogar dançando, a depender da prioridade).  Arena Experience reuniu nove atrações interativas e gratuitas para os que amam games (Foto: Marina Silva/ CORREIO) Quando cheguei, as amigas Lourijane Daltro, 21, e Jana Soares, 31, estavam se preparando para a vez delas. Escolheram uma música com coreografia fácil e decidiram dançar ao lado do instrutor Leandro Morais. “Geralmente o pessoal já conhece o jogo, e já sabe as músicas que quer. Sugiro apenas quando me pedem alguma coreografia mais fácil, e danço junto também para encorajar”, explica. Eduardo Rozendo, Lourijane Daltro e Jana Soares curtiram o Just Dance; elas em cima do palco, ele embaixo, gravando o desempenho das colegas pelo celular (Foto: Marília Moreira/ CORREIO) Apesar da vontade que fiquei, fui atrás de outras atrações interativas oferecidas gratuitamente no espaço. Descobri que estava rolando a final do 1º Desafio FV de League of Legends, mas resolvi experimentar os óculos 3D e, pela primeira vez, jogar com realidade virtual. Quando o “game over” surgiu na tela, os jatos de fogo que me atingiram e eliminaram da partida pareciam ter me aquecido na realidade, lembrando que o Verão estava ali e que ano que vem tem mais.