Alunos nos ensinos infantil e fundamental participam de meditação e alongamento

As crianças se sentam em círculo e fazem exercícios de concentração e meditam ao som de músicas instrumentais

Estudantes participam de meditação e alongamento. As atividades foram desenvolvidas desde que a escola foi fundada (Foto: Marina Silva/CORREIO)Antes de quebrar a cabeça com classes gramaticais e operações matemáticas, os 250 alunos da Escola Ananda, em Itapuã, se sentam em círculo, fazem exercícios de concentração e meditam ao som de calmas músicas instrumentais.

De segunda a quinta-feira, das 8h às 8h30, as atividades acontecem em sala de aula. Já às sextas, as crianças se reúnem no saguão do colégio particular, que atende do ensino infantil ao fundamental. A estudante do 4º ano do ensino fundamental Brenda Farias, 9 anos, adora o momento. “É muito bom, porque eu me sinto mais relaxada e consigo me concentrar melhor nas atividades. Isso também melhorou meu jeito com as pessoas”, disse.O dia de hoje, 10 de setembro, foi instituído em Salvador, no ano passado, como o Dia Municipal da Consciência Humana. Em comemoração à data, a Fundação Ocidemnte promove hoje o 11º Simpósio Internacional sobre Consciência, na Universidade Estácio de Sá - e Brenda marcará presença.De acordo com a pedagoga Luana Oliveira, responsável na escola pela disciplina Iniciação à Consciência, os 30 minutos da atividade são divididos em cinco minutos para alongamento, dez para atividades que envolvem raciocínio lógico e memória e 15 minutos para meditação.“São atividades que conectam os alunos com o seu eu interior, com sua essência”, explica a pedagoga. Para Carina Sales, diretora da escola, a meditação é uma atividade que pode ser aliada ao ensino das disciplinas, utilizando a ludicidade no processo cognitivo. De acordo com ela, os exercícios desenvolvem a oratória e despertam os sentidos, permitindo que os alunos tenham mais foco nos estudos e melhorem a compreensão dos conteúdos expostos em sala.Ela cita exemplos de alunos que melhoraram o comportamento após o início da prática - há cerca de 20 anos. “Um aluno do 8º ano melhorou o comportamento e as notas desde que entrou na escola, no ano passado”. Ele também estará no simpósio, com o tema Xô, Ansiedade!. “A partir da meditação, o aluno foi percebendo que ele era bom e trabalhamos isso nele”, disse a professora Ana Cruz.Aos risos, os educadores relataram como os alunos levam para casa a prática da meditação. Brenda convenceu a mãe a fazer também. “Minha mãe baixou um aplicativo de meditação no celular e fazemos isso por dez minutos todos os dias, antes de dormir. A gente coloca uma música, desliga as luzes e relaxa”, afirmou Brenda.