Alvos do caso Castelo de Areia podem ser investigados novamente

Lista de citados na operação barrada pelo STJ inclui políticos e membros de tribunais de conta

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  • Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2018 às 08:57

- Atualizado há um ano

Políticos, membros de tribunais de contas e integrantes de altos escalões de governo citados na Operação Castelo de Areia da Polícia Federal em 2009 podem voltar a ser alvo de investigações, mesmo após a anulação da Justiça em 2011.

De acordo com o site Folha de São Paulo, os fatos apurados nos anos 90 considerada uma prévia da Operação Lava Jato, começaram a vir à tona após o Ministério Público Federal obter a delação de um operador do esquema de corrupção descoberto no Rio de Janeiro após o escândalo na Petrobras.

Entre os políticos mencionados em pedidos de abertura de inquérito na Castelo de Areia, estavam o ex-deputado Valdemar Costa Neto, que hoje comanda as articulações de seu partido, o PR, para a eleição presidencial, e o pré-candidato a presidente Aldo Rebelo (SD). Também foram citados à época o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes, membros do tribunal de contas de São Paulo e o secretário-executivo do ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Elton Santa Fé Zacarias.

Investigados na Lava Jato, como o ex-diretor da estatal paulista Dersa, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, suspeito de atuar como operador do PSDB, também podem ter a situação agravada caso o reavivamento da Castelo de Areia seja ampliado.

Castelo de Areia

Deflagrada em março de 2009, a Castelo de Areia apreendeu manuscritos, planilhas e documentos nas casas de executivos e escritórios da Camargo Corrêa. A operação teve como foco inicial crimes financeiros ligados à construtora, mas em pouco tempo surgiram indícios do envolvimento de outras empreiteiras, de políticos, de membros de tribunais de contas e de integrantes de altos escalões governamentais. 

Essa situação levou a pedidos de abertura de novos inquéritos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. O início de 19 novas apurações chegou a ser autorizado pela Justiça, mas as investigações foram barradas após liminar concedida em janeiro de 2010 pelo então presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Cesar Asfor Rocha.