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Dezenas de caminhoneiros estão em paralisação no local
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2018 às 15:00
- Atualizado há um ano
"Ei, moreno, tem de carne e frango", disse Everton dos Santos, 30, acreditando que o repórter do CORREIO era um dos caminhoneiros do protesto. Mesmo ciente da negativa, ele queria vender. "Seu repórter, leva pelo menos uma água", insistia ele, na manhã desta sexta-feira (25). Na Via Parafuso o comércio também foi intenso ontem, e alguns vendedores chegaram a faturar R$ 390 por dia.
Everton é um dos muitos vendedores ambulantes que estão tentando faturar um trocado durante o protesto dos caminhoneiros, na BR-324, na manhã desta sexta. O trecho entre Salvador e Simões Filho está bastante movimentado.
Ele disse que hoje, especificamente, veio ajudar a mãe, que teve a ideia de montar um serviço de quentinhas para alimentar os trabalhadores em protesto. "É para garantir o dinheiro da gasolina que está em falta", brincou.
O "prato feito" ou melhor "PF" custa R$ 10 e pode ser de frango ou carne e segue arroz, macarrão e salada. "Tá pesado. Dá pra aguentar o dia todo", disse o caminhoneiro José Carlos Sampaio, 50, depois de ter pego um PF de frango.
Os manifestantes disseram que estão interditando a via das 5h às 17h, e que não há previsão de quando o protesto será encerrado. Alguns moradores estão doando alimentos para ajudar os caminhoneiros. Nesta sexta, eles receberam algumas sacolas com pão, sanduíches e refrigerantes.