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Central foi um dos que chamou atenção por uso da máscara durante jogo do Brasil
Vinicius Nascimento
Publicado em 24 de julho de 2021 às 03:49
- Atualizado há um ano
A cena acontece com frequência nos jogos do Taubaté, pela Superliga Brasileira de Vôlei, e deve se repetir durante os Jogos Olímpicos de Tóquio: depois de um rali, aqueles pontos em que a bola demora de cair, Lucão se afasta um pouco de seus companheiros que estão comemorando o pontinho suado, abaixa a máscara, e respira fundo.
Durante a madrugada, quando o Brasil venceu na estreia em Tóquio, a dupla chamou atenção justamente por esse uso da máscara enquanto a bola rola no ginásio em Tóquio. Lucão toma essa medida em nome do filho, Théo, que tem quatro anos. Em entrevista, o brasileiro afirmou que também tenta se afastar ao máximo da contaminação.
"A ideia é evitar ao máximo ter de me afastar por causa da contaminação. O segundo motivo é que eu tenho um filho pequeno. Ele tem alguns problemas como bronquite, e a grande preocupação, claro, é o risco de contaminá-lo", disse Lucão em entrevista ao Estadão. Lucão posa para foto com o filho Théo, de quatro anos. Saúde do garoto é um dos motivos para brasileiro manter o uso da máscara mesmo durante os jogos (Foto: Reprodução/Instagram) Colega de time, o ponteiro Maurício segue na mesma linha. Maurício, que está conhecido como 'Georges', apelido dado por Douglas Souza. Ele foi outro a atuar com a máscara durante o jogo de estreia do Brasil na Olimpíada de Tóquio. A seleção masculina não fez o seu jogo mais seguro, mas conseguiu vencer por 3 sets a 0 mesmo enfrentando dificuldades durante a partida.
Diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Antônio Bandeira avalia como positivo o uso de máscara durante as partidas de voleibol. O especialista explica que mesmo o vôlei não sendo um esporte de contato direto com os adversários, existe a proximidade com eles e os próprios colegas de equipe.
"As pessoas tendem a festejar o ponto também. Pode usar uma máscara cirúrgica, que é uma máscara tranquila de ser usada. Mas eu a trocaria a cada hora. Porque suando, essa máscara acaba dificultando. Ela vai ficando molhada", explicou o infectologista.
A cena da máscara em quadra deve se repetir ainda neste final de semana quando a levantadora brasileira Macris atuar. Em entrevista dada à Federação Internacional de Vôlei (Fivb), a atleta do Minas disse que a máscara não a atrapalha, tampouco incomoda quando está em quadra e acredita que seu gesto é uma maneira de inspirar as pessoas a continuarem usando a máscara aqui no Brasil, do outro lado do mundo."Eu jogo com a minha máscara, porque a máscara protege a mim e às pessoas ao meu redor e me sinto mais segura com ela", afirmou. Macris de máscara no jogo. Cena deve aparecer no próximo domingo (Foto: Divulgação/FIVB) A seleção feminina de vôlei estreia em Tóquio jogando contra a Coreia do Sul, no domingo (25), a partir das 9h45.