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Do mesmo cineasta de O Artista, O Formidável tem o galã Louis Garrell vivendo o diretor de Acossado
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2017 às 06:14
- Atualizado há um ano
França, maio de 1968. Nas ruas, a luta pelos direitos humanos e igualdade social. No cinema, a Nouvelle Vague apontava para Jean-Luc Godard como um dos seus ícones máximos. Mas, como o proletariado de seu país, o diretor também está em crise consigo mesmo. E não queria se acomodar, apesar de suas claras convicções burguesas e até uma certa birra comportamental. Saiu às ruas para gritar, apanhou da polícia e conheceu sua futura mulher, a também atriz Anne Wiazemsky, que publicou mais tarde um livro (Un An Après) sobre a experiência do casal naqueles turbulentos anos.
É com base nesse material que o cineasta Michel Hazanavicius, vencedor do Oscar com O Artista (2012), construiu a cinebiografia O Formidável. Como em O Artista, Hazanavicius constrói esse novo filme pautado pelo humor e uma edição mais arrojada, meio frenética mesmo. E, assim, tira o peso das costas do responsável por filmes-símbolos como Acossado (1960) e Adeus à Linguagem (2014).
Vivido no cinema por um irreconhecível Louis Garrell, Godard tem 37 anos e percebe que já não tem ligações com a juventude que o compreendia - e a quem ele também nunca fez questão de entender melhor. Recém-separado da também atriz Anna Karina, esse Godard de O Formidável viu no amor libertário dos final dos anos 70 uma chance de renovação. O filme flagra o início da relação com Wiazemsky (na tela, Stacy Martin), no set de filmagens de A Chinesa (1967), que os dois rodaram juntos, até o célebre maio de 1968 em Paris e seus devidos desdobramentos políticos e culturais mais imediatos.
Horários de exibição:
UCI Orient Shopping da Bahia 2 (leg) 17h40 | 22h Saladearte Cinema do Museu (leg) 19h (exceto sexta e segunda) Saladearte Cine Paseo 2 (leg) 20h50 Saladearte Cine XIV (leg) 16h45 (quinta, sexta, sábado e domingo)