Animados, baianos e turistas recebem o Ano Novo em grande estilo

O banco foi a cor escolhida pela maioria do público que foi à Arena Daniela Mercury, na Boca do Rio

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  • Victor Lahiri

Publicado em 1 de janeiro de 2019 às 06:00

- Atualizado há um ano

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Um misto de despedida e expectativa marcou a noite mais aguardada do Festival Virada Salvador, que contou com os shows de Lincoln e Duas Medidas, Alok, Wesley Safadão, Ivete Sangalo, Maiara e Maraisa, Psirico e Kevinho na orla da Boca do Rio.

Antecipando a lotação que, como o esperado, superou os dias anteriores, o público que foi à Arena Daniela Mercury dar as boas vindas a 2019 chegou logo cedo para garantir o melhor lugar na hora das apresentações. Público se agita com a apresentação do DJ Alok (Foto: Arisson Marinho/ CORREIO) E,  além da disposição para curtir o evento, não faltaram as tradicionais simpatias de Ano-Novo, estratégias para aguentar a maratona e figurinos caprichados para se livrar do ano velho em alto estilo. 

O estudante Danilo Santana escolheu uma camisa vermelha para passar a virada. Segundo ele, a opção é uma estratégia para atrair um novo amor em 2019. “Eu sou obrigado a acreditar. No ano passado, escolhi uma camiseta amarela para passar o Réveillon, pois li que atrairia dinheiro e, logo em janeiro, arranjei um emprego. Este ano, quero um grande amor, por isso escolhi vermelho”, contou ele.

A crença na cor, porém, não convence a todos. Os amigos Iuri Silva, Eduarda Rocha e Maiara Gomes dispensaram o look “todo branco” - preferência do público da festa e do Réveillon - e apostaram em cores diferenciadas, que, segundo eles, não tinha a ver com simpatia. “Vim de preto, porque acho que fico lindo e, além disso, adoro causar”, disse Iuri. Mas quem pensa que os três são incrédulos nas simpatias se engana. Após a virada, os três planejaram ir até a praia “pular as ondinhas de Iemanjá”, confidenciaram.

Primeira atração da noite, o grupo Lincoln e Duas Medidas estava ciente da responsabilidade de agitar o público. “Grande responsabilidade abrir este Festival, mas a gente acredita que possa sair muito melhor do que chegou. Quem acredita que este ano vai ser um ano cheio de vitórias levanta a mão”, gritou o vocalista. Lincoln e Duas Medidas (Foto: Arisson Marinho/ CORREIO) E nada melhor para levantar o astral do público do que o sucesso La Raba, seguido por Encostar Bem Gostosinho e Tu Tá na Gaiola, faixa que agradou aos solteiros da plateia.

Quem já foi fiel às superstições, mas agora tem uma certa dificuldade para cumprir a rotina de simpatias é o DJ Alok, segunda atração da noite. “Minha principal tradição de Ano-Novo era pular ondinhas, mas hoje em dia, com essa correria de sete shows na noite da virada, ficou difícil manter a disciplina. A única coisa que deu para manter foi a roupa branca”, relatou.

Em cima do palco, o DJ começou forte, animando a galera com versões de B.Y.O.B., do grupo System of a Down, e I Gotta Feeling, da banda The Black Eyed Peas. Ao longo do repertório não faltaram sucessos, entre eles, o hit de 2016 Hear me Now e músicas de trabalho mais recentes como Ocean e Favela.

A sequência do Festival seguiu animada. O time de estrelas formado por Wesley Safadão, Ivete Sangalo, Maiara e Maraisa, Psirico e Kevinho não decepcionou. Foi, por exemplo, a oportunidade perfeita para o motorista Antônio Carlos dos Santos, 40 anos, e sua família virarem o calendário de forma diferente. Moradores de Dias D'Ávila, eles vieram para a Boca do Rio preparados e decidiram acampar na orla, bem próximos à Arena Daniela Mercury.

Além da barraca, para três pessoas, trouxeram muita cerveja, champagne, whisky, refrigerante, água e muita carne para fazer o churrasco durar até a manhã seguinte. "Já queria estar aqui desde o dia 28, mas não pude. Quem sabe ano que vem", disse a baiana de acarajé e esposa de Antônio, Elaine Silva, 30.

Uma das razões da família passar o Réveillon acampando na praia é a comemoração do aniversário de Lázaro Modesto, auxiliar de produção, que está fazendo hoje 40 anos. Ele é o parente que mora longe, vem de Minas Gerais e adora praia. "Se pudesse, dormia no mar", brinca o baiano, que mora há 30 anos em terras mineiras. Além da paixão pelas águas, ele também é fã de Ivete e realizou um sonho ao acompanhar a estrela comandando a contagem regressiva para a chegada de 2019: "Ela mora no fundo do meu coração", completou.