ANJ emite nota de pesar por morte do jornalista Alberto Dines

O jornalista morreu nesta terça-feira (22), no Hospital Albert Einstein

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  • Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2018 às 19:19

- Atualizado há um ano

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) publicou uma nota de pesar pelo falecimento do jornalista Alberto Dines, morto na manhã desta terça-feira (22), no Hospital Albert Einstein, na zona sul da capital paulista.

"Dines foi um mestre, que marcou época como editor-chefe do Jornal do Brasil em um período em que o jornalismo era também um ato de resistência frente ao autoritarismo", diz um trecho da nota. Ainda no texto, a associação afirma que a morte de Alberto Dines leva a categoria a refletir sobre a liberdade de imprensa.

"[Dines] Teve ainda atuação relevante na crítica e reflexão sobre o papel dos próprios jornais e da mídia em geral em nossa sociedade", escreve.

Confira abaixo a nota da ANJ na íntegra:

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) lamenta a morte de Alberto Dines, uma referência do jornalismo brasileiro, e transmite seus pêsames aos familiares.

Dines foi um mestre, que marcou época como editor-chefe do Jornal do Brasil em um período em que o jornalismo era também um ato de resistência frente ao autoritarismo. Em tantas outras publicações pelas quais passou, seu dinamismo e combatividade  contribuíram enormemente para a qualidade da imprensa brasileira.

Teve ainda atuação relevante na crítica e reflexão sobre o papel dos próprios jornais e da mídia em geral em nossa sociedade.

Nesse momento em que o jornalismo é cada vez mais necessário, a morte de Alberto Dines nos leva a refletir sobre a importância de uma imprensa livre e plural  em nosso país.

Legado

Dines começou a carreira em 1952, na revista 'A Cena Muda'. Em 1957, ele trabalhou para a revista Manchete, até se demitir da empresa. Dois anos depois ele assumiu a direção do caderno do Jornal Última Hora, de Samuel Wainer.

Em 1960, convidado por João Calmon, dirigiu o jornal Diário da Noite, dos Diários Associados, de Assis Chateaubriand. Já em 1962 tornou-se editor-chefe do Jornal do Brasil, no qual ficou por doze anos. No jornal, ele coordenou uma grande reforma gráfica e criou novas seções. Ele também tem passagem pela Folha de S.Paulo e a Editora Abril. Em 1994, Dines criou o Observatório da Imprensa, periódico crítico de acompanhamento da mídia.