Apesar de apoio à reforma, DEM continua fora da base de Bolsonaro por prazo indefinido

Por Jairo Costa Júnior, com Luan Santos

  • Foto do(a) author(a) Jairo Costa Jr.
  • Jairo Costa Jr.

Publicado em 30 de março de 2019 às 05:15

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Apesar de garantir apoio à reforma da Previdência e de buscar votos necessários para aprovar a proposta, a cúpula do DEM vai continuar, por prazo indeterminado, fora da base aliada ao governo Jair Bolsonaro (PSL) no Congresso Nacional. A decisão, segundo apurou a Satélite, reflete o receio de lideranças democratas quanto ao temperamento instável do presidente no trato com parlamentares e dirigentes de partidos, além das incertezas sobre os rumos da articulação política do Planalto. Até que os cardeais da legenda tenham clareza das intenções reais e dos planos de Bolsonaro, está descartada a adesão formal ao bloco governista. Acordo de cavalheiros A resistência do DEM ao ingresso na base, contudo, não altera a ofensiva do partido para distensionar a relação entre Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A ordem no comando da legenda é agir para evitar que novos atritos contaminem mais uma vez o Congresso e prejudiquem o andamento da reforma.

Fora do calendário O senador Jaques Wagner (PT) perdeu prazo para se manifestar na ação de improbidade administrativa movida contra ele na 3ª Vara Cível da Justiça Federal de Brasília. O caso é relativo à nomeação do marido da ex-ministra Ideli Salvatti (PT), o tenente do Exército Jeferson Figueiredo, para um cargo do governo brasileiro na Junta Interamericana de Defesa, em Washington. O ato, considerado irregular, ocorreu em agosto de 2015, quando Wagner era ministro da Defesa. De acordo com o sistema de Processo Judicial Eletrônico, a defesa do senador deveria apresentar alegações prévias até o último dia 12. Como não fez, a Justiça considerou o prazo decorrido.

Efeito dominó Como era esperado desde que Rondon Brandão do Vale deixou o comando da Codeba, a ex-prefeita de Cardeal da Silva Maria Quitéria (Avante) perdeu a Gerência de Assuntos Estratégicos. A nomeação, a pedido do deputado federal José Rocha (PR), irritou o governo federal pelos laços de Quitéria com o PT.  Na vaga, entrou Suelene Santos, que chefiava o gabinete da Codeba  e foi ex-secretária parlamentar de Rocha. Pedro Galvão, indicado ao Conselho de Administração da companhia pelo deputado, deve ter igual destino.

Na cola Conhecida agência de publicidade baiana virou alvo de um pente-fino do Ministério Público Federal (MPF). Há pelo menos um mês, analistas do órgão vasculham notas fiscais para rastrear o fluxo de dinheiro repassado à agência por empresas investigadas pelo MPF. Embora a apuração corra sob sigilo, fontes com acesso ao caso afirmaram à Satélite que a devassa tem origem em denúncias sobre supostos crimes eleitorais.

Puro nonsense Acusado de usar recursos públicos para obras no próprio terreno, o ex-prefeito de Jussiape Gilberto Freitas teve pedido para trancar a ação penal contra ele negado pelo ministro do Supremo Gilmar Mendes. A tese de que o processo foi aberto ilegalmente na Justiça baiana, citou Mendes, “é despida do mínimo de razão palpável”.Que Olorum nos ilumine. Quem trabalha para esta cidade tem luz, sempre Mãe Carmen, ialorixá do Gantois, ao comemorar ontem a inauguração do Centro Comunitário do terreiro, erguido pela prefeituraPílula

Tiro pela culatra - Líderes da oposição ao governo do estado acham que os adversários criticaram muito cedo o aumento da tarifa de ônibus na capital, anunciado ontem pelo prefeito ACM Neto (DEM). Isso por que, em breve, o governador Rui Costa (PT) deve também autorizar o reajuste do metrô, como é de praxe.