Após ano difícil, Bruno Jacob busca título mundial em 2018

Piloto baiano vai participar do Sou Verão, que acontece das 8h às 12h, na orla da Barra.

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  • Daniela Leone

Publicado em 22 de dezembro de 2017 às 09:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Luciano Cruz/Divulgação

Bruno Jacob, 30 anos, é a referência de moto aquática no Brasil. Em outubro desse ano, o piloto baiano ganhou o título de manobra mais radical no Rip‘N Ride X no Mundial de Motosurf Freeride, disputado na Austrália.  Depois de um ano conturbado, Bruno está recuperado de uma lesão na coxa e cheio de planos para o próximo ano, quando projeta chegar no topo do ranking do circuito mundial. Para isso, nada de folga. Enquanto a maioria das pessoas, nessa época do ano, está preocupada com os comes e bebes do Natal e Réveillon, Bruno está focado nos treinos. São quatro dias na semana de treino físico e dois de manobras no mar de Jacuípe, no Litoral Norte.  No sábado (23), ele vai participar do Sou Verão, que acontece das 8h às 12h na orla da Barra. O projeto do CORREIO tem apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador e apoio do Sabin e Vitalmed.

Como você avalia o seu 2017?   Foi um ano de superação. Em 2016, eu entrei para a história do esporte como o primeiro sul-americano a conquistar o segundo lugar no ranking profissional e, como eu estava em constante subida, queria chegar em primeiro no ranking em 2017, mas tive contratempos com equipamentos e com as condições climáticas. As ondas não ajudaram nossa estratégia de pilotagem. O mar mudou, as ondas estavam menores e o equipamento não estava pronto pra isso, então as três primeiras etapas do circuito mundial prejudicaram meu ano todo. Mas fui me recuperando. Minha última competição foi a Copa do Mundo do México, em que só os 20 melhores do mundo participaram, e eu fiquei em 5º lugar. Tô feliz pelo final do ano.

Qual é o seu primeiro compromisso em 2018?   Já viajo dia 9 de janeiro. Não tem negócio de Natal e Réveillon, não. Fico treinando. Vou para Daytona, na Flórida, para um evento nos Estados Unidos, o Daytona Freeride. A expectativa é de ter 400 pilotos. Em quantidade, é o maior do mundo. No ano passado fiquei em 5º lugar, então a expectativa é muito boa para começar o ano de pé direito.

Qual é o seu foco em 2018?   Quero atingir o topo. Nunca atingi no circuito mundial. É o circuito profissional mais difícil e quero fazer história.

Qual é o seu maior sonho para a modalidade no Brasil? Popularizar. Quando eu vou nos EUA e na Austrália, vejo 100 pessoas praticando como se fosse surf, com acesso ao equipamento mais fácil. Como tem muita coisa que ainda vem de fora, aqui é difícil.

Você acredita que a moto aquática fará parte dos Jogos Olímpicos em breve? Creio que sim. Já tem o surf, o skate, que cinco anos atrás ninguém imaginava. É algo possível e num futuro próximo.

Acha que conseguirá alcançar esse momento?

Acho que sim, porque estou com 30 anos, mas com saúde de 20. Ainda dá para andar mais uns 20 anos.

Você vai participar do Sou Verão. De que forma esse tipo de evento fomenta o esporte?

Você está em um cartão postal da sua cidade, tem muita gente na praia, as pessoas tiram foto, filmam e as redes sociais ajudam a popularizar. Vejo muitos jovens curtindo meus vídeos, se interessando, quero ver mais gente praticando o esporte.