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Principal meta do rubro-negro é retornar para a Série A do Brasileirão
Miro Palma
Publicado em 1 de janeiro de 2019 às 05:00
- Atualizado há um ano
Ano novo, vida nova. Essa frase nunca encaixou tão bem no momento atual do Vitória. Depois de um 2018 de crise nos bastidores e fracassos dentro de campo, principalmente com a queda para a Série B do Brasileirão, o rubro-negro tenta retomar a caminhada em 2019.
Para isso, o presidente Ricardo David apostou em um profissional bastante conhecido do cenário baiano, o treinador Marcelo Chamusca, de 52 anos, que foi revelado para o mundo futebol justamente na Toca do Leão.
Há 25 anos, ele iniciou a carreira como treinador do time sub-17 rubro-negro. Ficou por quatro temporadas e foi promovido ao sub-20. No estado, trabalhou também no Bahia, entre 2000 e 2004, como treinador de base e auxiliar técnico. Foi a última experiência dele em Salvador.
Agora, após 14 anos, retorna com a missão mais complicada da carreira: reconquistar a confiança da torcida e levar o clube para a Série A. “A expectativa é de um ano de retomada, com conquista de objetivos importantes para todos nós que hoje fazemos parte do clube”, afirmou o treinador em bate-papo com o CORREIO, por telefone.
Depois, Chamusca ainda acrescentou. “Reconquistar a confiança da torcida em busca de um 2019 de alegrias para a nação rubro-negra”.
O currículo de Chamusca pode deixar a torcida do Vitória animada, afinal, o treinador tem experiência quando o assunto é subir de divisão. O primeiro time profissional dele foi o Vitória da Conquista, em 2012. De lá para cá, acumulou acessos em todas as divisões nacionais: subiu o Salgueiro da Série D para C em 2013; o Guarani da C para a B em 2016; e o Ceará, em 2017, da B para a elite.
Orçamento apertado Chamusca, no entanto, não terá vida fácil. Com a queda de divisão, a expectativa é que o Vitória tenha uma queda de pouco mais de 50% no orçamento. O Conselho Deliberativo do clube, por sinal, rejeitou a primeira proposta apresentada pela atual gestão do rubro-negro.
A proposta era de R$ 73 milhões para serem gastos, quase 30% a menos que os R$ 102 milhões de receita de 2018. No planejamento apresentado, foi previsto quase metade do orçamento, cerca de R$ 30 milhões, provenientes da venda de direitos econômicos de jogadores. Hoje, os principais candidatos a serem negociados pelo rubro-negro são os jovens da categoria base: Lucas Ribeiro, Luan, Léo Gomes e Léo Ceará.
Uma nova reunião do conselho está programada para acontecer no dia 28 de janeiro. Até lá, a diretoria contará com uma receita de R$ 5 milhões para o mês.
Até o momento, o Leão só anunciou dois reforços para a temporada. O zagueiro Thales e o meia Andrigo, ambos emprestados até dezembro pelo Internacional. Em contrapartida, o atacante Neilton, artilheiro do Vitória em 2018 (23 gols) e dono do maior salário do elenco, foi para o colorado, também por empréstimo. Outros atletas devem ser negociados para reduzir a folha, como os volantes Willian Farias e Marcelo Meli, e o atacante Walter Bou.