Após City, Chelsea pode ser mais um clube a deixar a Superliga

Torcedores protestam na porta do Stamford Bridge nesta terça-feira (20)

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  • Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2021 às 17:06

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: AFP

O Manchester City já oficializou o desejo de retirar-se do grupo dos clubes fundadores da Superliga, e pode ganhar um companheiro em breve. Diversos veículos da imprensa inglesa, como a rede BBC e o jornal The Times, afirmaram que o Chelsea irá fazer o mesmo.

O clube londrino já estaria preparando a papelada necessária para desistir da ideia da nova competição. Nesta terça-feira (20), centenas de pessoas foram até a entrada do Stamford Bridge, casa do Chelsea, para protestar contra a participação do clube inglês no novo torneio. Estimativas dos policiais apontam que participaram da manifestação cerca de 1,5 mil torcedores.

Os fãs seguravam cartazes com muitas críticas à diretoria do Chelsea. O principal alvo foi o dono do clube, o magnata russo Roman Abramovich. Eles reclamavam da "ganância" do projeto da Superliga, que promete render 3,5 bilhões de euros na primeira temporada. Ex-goleiro e atual assessor técnico de desempenho, Petr Cech tentou acalmar a multidão.

A Superliga foi anunciada no último domingo (18) por 12 grandes clubes da Europa, mas vem sofrendo duras críticas de jogadores, torcedores, clubes não-participantes, ligas e até as principais entidades à frente do futebol, como a Uefa e a Fifa.

Estavam à frente do projeto: Chelsea, Arsenal, Tottenham, Manchester City, Manchester United e Liverpool, da Inglaterra; Atlético de Madrid, Barcelona e Real Madrid, da Espanha; e Internazionale de Milão, Milan e Juventus, da Itália.

Pelo Twitter, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, apoiou a saída das equipes inglesas da Superliga e afirmou que espera o mesmo dos demais clubes do país.

"A decisão do Chelsea e do Manchester City é – se confirmada – absolutamente acertada e os elogio por isso. Espero que os outros clubes envolvidos na Superliga Europeia sigam o seu exemplo", escreveu Johnson.

Inicialmente, o novo torneio teria 15 times fixos - os 12 fundadores e outros três não-anunciados - e cinco convidados. Dessa forma, os clubes criadores teriam sempre lugar garantido a cada temporada, ao invés de uma classificação por mérito em função dos campeonatos nacionais.