Após perder pênalti decisivo, colombiano é ameaçado de morte

Tesillo desperdiçou cobrança na derrota da Colômbia para o Chile, pela Copa América

Publicado em 1 de julho de 2019 às 21:18

- Atualizado há um ano

. Crédito: Nelson Almeida/AFP

O lateral-esquerdo William Tesillo confirmou nesta segunda-feira (1) a denúncia que fez a sua esposa Daniela Mejía, através das redes sociais, sobre ameaças contra ele e sua família por ter perdido o pênalti que levou à eliminação no confronto com o Chile pelas quartas de final da Copa América.  O elenco dirigido pelo português Carlos Queiroz chegou ao Brasil como um dos favoritos para reconquistar o título que ganhou um única vez, em 2001, mas caiu por 5x4 na disputa de pênaltis, na sexta-feira (28), após empate por 0x0 no tempo regulamentar, na Arena Corinthians.  "Sim, sim. É certo. Escreveram para minha esposa e ela publicou (domingo). E a mim também, mas não publiquei nada. Mas, bom, estamos com Deus", manifestou o jogador na edição digital do diário El País, de Cali.  A esposa de Tesillo revelou algumas ameaças em sua conta no Instagram e reproduziu uma que aludia ao assassinato de Andrés Escobar e outras que exortavam a matarem o lateral, que defendeu o mexicano León na última temporada.  Em 1994, Escobar marcou um gol contra no compromisso em que a Colômbia perdeu por 2x1 para os Estados Unidos na fase de grupos, um resultado determinante para a eliminação de sua equipe na primeira etapa da Copa do Mundo. Então uma estrela da seleção colombiano, Escobar foi baleado quando deixava uma boate de Medellín em 2 de julho daquele ano por supostos narcotraficantes.  "Meu filho cobrou porque ninguém mais se atreveu a bater o quinto pênalti, ele passou na frente para cobrar", afirmou, por sua vez, William Tesillo, pai do jogador, à rádio Caracol da Colômbia.  De acordo com seus companheiros, Tesillo foi quem mais bem saiu durante os treinamentos de cobranças de pênalti. "Eu estava convencido de que meu filho ia marcá-lo e ante as ameaças que fizeram contra nós, apenas rezamos, você tem que pensar que isso é futebol e você pode perder ou ganhar", concluiu o pai do defensor.