Argentina vence em retorno ao Maracanã e pega o Brasil na semi

Com gols de Martínez e Lo Celso, Albiceleste bateu a Venezuela

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 28 de junho de 2019 às 17:56

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Carl de Souza/AFP

Vai ter Brasil x Argentina na Copa América. Nesta sexta-feira (28) os hermanos escreveram o terceiro capítulo de sua história no Maracanã e venceram a Venezuela por 2x0. Lautaro Martínez e Giovani Lo Celso marcaram os gols que decretaram o clássico na próxima terça (28), às 21h30, no Mineirão, em Belo Horizonte.

O jogo desta sexta decretou um dado curioso. A Argentina jogou mais vezes no Maracanã reformado para a Copa do Mundo de 2014 que o Brasil. A Seleção esteve no estádio em duas vezes desde a reinauguração do estádio, em 2013. O primeiro jogo foi justamente na reabertura do gigante e o Brasil empatou por 2x2 com a Inglaterra. No mesmo ano, retornou para jogar a final da Copa das Confederações e venceu a Espanha por 3x0.

A relação dos hermanos com o novo Maracanã começou um ano depois, na Copa do Mundo. Na primeira fase, venceram a Bósnia por 2x1 em jogo que Messi balançou a rede. Voltaram na final do Mundial, quando caíram para a Alemanha por 1x0, graças ao gol de Mario Gotze já na prorrogação.

O jogo Nesta sexta, os vários ‘Lionéis’ em campo precisavam dar uma resposta. Depois de se classificar com uma certa dificuldade, o primeiro Lionel que precisava de uma boa atuação era Scaloni. O técnico argentino está longe de ser uma unanimidade no comando da Albiceleste e precisava de uma boa atuação de seus comandados para ganhar moral.

Mais famoso e cheio de expectativas ao seu redor, Lionel Messi ainda não convenceu na seleção. ‘La Pulga’ vive com várias pulgas atrás da orelha quando o assunto é sua relação com o time nacional.

O último da lista na verdade é Leonel. Se Messi é questionado pela discrepância entre suas atuações no Barcelona e Argentina, Sergio Leonel Agüero é ainda mais criticado. Talvez por isso, o centroavante foi um dos que entrou mais pilhado contra a Vinotinto. Logo aos dois minutos ele recebeu passe de Martínez na direita e mesmo sem ângulo arriscou o chute bem ao seu estilo: forte e seco. Wilker Fariñez caiu bem e defendeu com os pés.

Os dez minutos iniciais foram um inferno para a defesa da Venezuela. A Argentina chegou pelo menos mais três vezes com perigo, o gol se tornara uma questão de tempo e ele saiu graças à dobradinha entre Aguero e Lautaro Martínez. O pequenino encheu o pé direito quando recebeu cruzamento na grande área, mas chutou torto. Mas no meio dos zagueiros, Martínez foi sagaz e deu um toquinho de letra no meio das pernas de Fariñez. Um golaço logo no décimo giro do cronômetro.

Depois do gol, o começo promissor da Argentina se arrefeceu e muito por conta da paciência Venezuelana em aos poucos evoluir no jogo. A posse de bola que chegou a 70% para a albiceleste, caiu para 57% no final do primeiro tempo. Antes disso, a Vinotinto arrancou o grito de “uuuh” quando Chancellor subiu livre e absoluto na área, mas cabeceou para fora.

Messi É natural esperar que o capitão argentino dê show. O currículo do camisa 10 o credencia a essa expectativa. Levando-se em consideração que a Venezuela é a presa favorita de Messi, essa ansiedade por pelo menos um golzinho é elevada a enésima potência. Em oito partidas contra os venezuelanos foram quatro gols e seis assistências. Só o Paraguai sofreu tanto assim nas mãos do craque - foi vítima de cinco gols e cinco assistências.

No jogo desta sexta, contudo, Messi jogou um pouco mais recuado, como um camisa 10 mais clássico municiando e organizando a cozinha para as investidas de Aguero e Martínez. Nem quando o camisa 22 saiu no segundo tempo para a entrada de Dí Maria, Messi ficou mais colado ao gol.   Messi jogou mais recuado, organizando o ataque contra a Venezuela (Foto: Carl de Souza/AFP) Pá de cal Sacado do time titular para a entrada de Acuña, Lo Celso substituiu o meia do Sporting e precisou de seis minutos em campo para ganhar um 'regalo' daqueles. Aguero recebeu com espaço na meia lua e decidiu arriscar. O goleirão bateu roupa e deixou a bola no pé esquerdo de Lo Celso, que só empurrou para as redes.

Foi um banho de água gelada na Venezuela, que um pouco antes ficou muito perto do empate quando Hernández apareceu de surpresa nas costas da zaga e encheu o pé obrigando Armani a fazer uma boa intervenção. Depois de levar o segundo gol, Rondón ainda tentou fazer a seleção venezuelana reagir após cabeceada perigosa na pequena área, que novamente o goleiro argentino evitou que entrasse no gol. Não tinha jeito, o Maraca era argentino.

Buscando um título com a equipe principal que não vem desde a Copa das Confederações de 1992, os hermanos têm pela frente um clássico contra o Brasil na semifinal. A partida acontece na próxima terça-feira (2), no Mineirão.

*com supervisão do subeditor Ivan Dias Marques