Arthur Zanetti fica apenas em 5º na final das argolas no Mundial

Simone Biles ganhou outro ouro, mas também "decepcionou"

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  • Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2019 às 16:42

- Atualizado há um ano

. Crédito: Lionel Bonaventure/AFP

O brasileiro Arthur Zanetti ficou fora do pódio na final das argolas no Mundial de ginástica artística, que está sendo realizado em Stuttgart, na Alemanha. Neste sábado (12), o campeão olímpico em Londres-2012 terminou em quinto lugar e por enquanto não garantiu vaga na Olimpíada de Tóquio-2020. O turco Ibrahim Colak, que já havia ficado com o primeiro lugar no classificatório, garantiu o ouro com o somatório de 14,933. Já o italiano Marco Lodadio (14,900) faturou a prata e o francês Samir Ait Said (14,800) levou o bronze. Numa disputa acirrada, o paulista terminou muito próximo do pódio, com 14,700, atrás ainda de seu rival histórico, o grego Eleftherios Petrounias, que ficou em quarto com 14,733. "Fiz minha melhor prova desde que a gente chegou na Alemanha. Acho até que em todo ano foi uma das minhas provas mais encaixadas. Ainda preciso olhar o vídeo e ver se foi perfeita ou não, o que precisa melhorar. Mas o objetivo neste Mundial era a classificação para a Olimpíada da equipe masculina e isso foi alcançado. Agora é trabalhar para os Jogos de Tóquio-2020, focando em uma nova participação olímpica", disse Zanetti. Enquanto Petrounias terá ainda de brigar por um lugar em Tóquio via ranking, uma vez que somente os medalhistas garantem vaga direta por intermédio do Mundial, Zanetti está praticamente certo nos Jogos junto com o time brasileiro, que garantiu sua classificação na disputa por equipes em Stuttgart. "O nível subiu bastante. As notas estão muito parecidas. O objetivo era classificar a equipe para a Olimpíada, e não medalhar. Agora provavelmente para a Olimpíada o foco muda, o objetivo era a classificação olímpica. Agora vamos buscar as medalhas em Tóquio", disse o atleta, em entrevista ao canal SporTV. Antes de Zanetti, o Brasil chegara à final com Flávia Saraiva, que na quinta-feira fechou sua participação em sétimo lugar no individual geral feminino, e com Caio Souza, 13º colocado no individual geral masculino. Dois representantes do país voltarão ao ginásio Hanns Martin Schleyer Halle para tentar o pódio no domingo, último dia do Mundial. Flávia Saraiva competirá no solo e na trave, e Arthur Nory tentará a sorte na barra fixa. Simone Biles exibe sua medalha de ouro (Foto: Marijan Murat / dpa / AFP) Simone Biles No feminino, o destaque deste sábado - mais uma vez - foi a americana Simone Biles. Ela conquistou seu terceiro título neste Mundial ao voar alto para levar o ouro no salto. A ginasta de 22 anos foi a única a ultrapassar os 15 pontos - fez 15,399. A prata ficou com Carey Jade, também dos Estados Unidos, com 14,883, e o bronze foi para a britânica Downie Elissa, que conseguiu 14,816. Com mais um ouro conquistado, Simone Biles chegou à marca de 23 medalhas na história do Mundial e empatou com Vitaly Scherbo, de Belarus, no ranking dos maiores medalhistas de todos os tempos. Ela, porém, está isolada na quantidade de ouros: tem 17, dois deles no salto. O desempenho da americana em Stuttgart só reforça o favoritismo dela para ganhar a medalha de ouro olímpica em Tóquio. Mas não só de títulos vive Biles. Ela ficou fora do pódio na disputa das barras assimétricas, a única em que não era favorita no Mundial. A jovem belga Derwael Nina anotou 15,233 e se tornou bicampeã nas barras assimétricas. A própria Simone Biles já havia admitido antes da prova que não tinha "a menor chance" contra a belga. A britânica Downie Rebecca fez 15 e ficou com a prata e a americana Lee Sunisa faturou o bronze, ao marcar 14,800. Simone Biles terminou a disputa em quinto lugar, com 14,700 pontos, e, com isso, não conseguiu repetir o desempenho do Mundial de Doha, em 2018, quando foi a todos os pódios. Ela também não foi capaz de superar a lendária atleta soviética Larisa Latynina, dona da melhor campanha em um só Mundial, com cinco ouros e uma prata em Moscou-1958.