As 4 principais características dos vinhos – que todo mundo deve saber para beber melhor

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  • Paula Theotonio

Publicado em 17 de janeiro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Já falei aqui que torço o nariz para quem abusa das descrições pessoais e subjetivas para designar sabores, aromas e texturas em vinhos. Se você é iniciante e não quer se perder, o ideal é se guiar pelas 4 principais características enológicas – com termos que são usados internacionalmente. Aprendendo como cada uma se apresenta no paladar, podemos vivenciar melhor a experiência sensorial de uma bebida boa ou ruim.

ACIDEZ – A acidez é bem-vinda, pois traz uma frescura e leveza ao estimular a salivação na boca. Ela é bastante comum nos famosos vinhos ditos “gastronômicos”, que acompanham bem uma refeição. Porém, quando desequilibrada, é considerada um defeito do vinho: em demasia, é agressivo e torna o líquido mais “áspero” na língua; em falta, torna a bebida sem vida, “mole” e até chata de ser degustada.Veja aqui para saber mais sobre bons vinhos tintos ácidos. E entre os brancos, onde a acidez é demandada para vinhos “refrescantes”, uma boca dica é provar os rótulos da região de Vinho Verde.

ÁLCOOL – Resultado do contato da levedura com o açúcar natural da polpa de uva, o álcool se desenvolve de acordo com a maturação da fruta na videira: quanto mais madura a fruta, mais “alcoólico” será o vinho produzido a partir dela. E quanto mais alcoólico, mais suporta acidez e taninos elevados. Dizem ser responsável, inclusive, pela suavidade da bebida – equilibrando acidez e taninos. A percepção do álcool, como eu disse neste vídeo, também está ligada à temperatura de serviço da bebida: quanto mais quente, mais o álcool se pronuncia. Quanto mais gelada, menos aparece.

CORPO – É como o vinho é sentido “fisicamente” na boca, seu peso ou densidade. Aqui, existem três classificações: pouco corpo ou corpo leve, médio corpo e encorpado. Nos tintos leves, temos uma bebida mais translúcida. Vinhos da uva Pinot Noir geralmente têm essa característica. Entre os encorpados, temos bebidas elaboradas com uvas Malbec, Syrah, Cabernet Sauvignon, Nebbiolo, Tannat e Tempranillo.

TANINO – Dos componentes mais relevantes de um bom vinho tinto, seja em destaque ou em equilíbrio, responsáveis pela  sensação de adstringência e secura na boca.  Quanto mais as cascas e as sementes estiverem envolvidas no processo de vinificação, maior será o nível de tanino (e corpo!) encontrado no vinho. Nos brancos, elaborados com a polpa da fruta, esse composto é quase imperceptível; e nos rosados, com pouca participação da casca, também. "Se você é iniciante e não quer se perder, o ideal é se guiar pelas 4 principais características enológicas", diz Paula Theotonio (foto/divulgação) Quando temos taninos em excesso, temos um vinho dito “amargo”. Tintos “pouco tânicos” tendem a ser elaborados com uvas de cascas mais fina e terão boa adstringência desde jovens. Já os “tânicos” normalmente são feitos com uvas de casca mais grossa e são mais agressivos no paladar, precisando passar por um tempo de guarda para que esses taninos suavizem. Depois dessa maturação – provavelmente em barricas de carvalho – teremos um vinho tânico e “amadeirado”.

Quando todas características estão harmônicas na bebida, temos um vinho “equilibrado” e até “elegante”!