Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.
Paula Theotonio
Publicado em 13 de fevereiro de 2020 às 05:00
- Atualizado há um ano
O brasileiro geralmente ama um tinto, é apaixonado por um Malbec potente (preferência nacional comprovada em pesquisa), só compra desse tipo no mercado… E vive reclamando que não consegue beber neste calor do verão! Eu fico cá, sorrindo, deliciando-me com uma taça de vinho branco, sem entender a resistência que tantos têm à bebida clarinha.
Para vencer essa barreira, sugiro começar pelos rótulos de Chardonnay. Além de gastronomicamente versáteis e saborosos, os vinhos esta uva são sempre uma surpresa por expressarem muito bem o terroir. Ou seja: podem gerar bebidas leves ou encorpadas, jovens ou maturadas, ácidas, frutadas, amanteigadas...
Assine a newsletter de Paula Theotonio aqui e boa leitura!
Considerada a mais adaptável entre as uvas e rainha das castas brancas, está plantada em mais de 210 mil hectares, distribuídos por 41 países. É ingrediente do aclamado Champagne! Entre os principais produtores estão França, Itália, Espanha, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Brasil e Chile. E pode apostar: em cada uma das inúmeras regiões produtoras destes países, a bebida terá um quê diferenciado.
A seguir, fique com algumas sugestões de rótulos com perfis diferentes para provar. 1. Villagio Grando Chardonnay 2014 | Direto de Santa Catarina, uma região fria a 969 metros de altitude, este Chardonnay já veio do parreiral diferente. Devido à maturação lenta das uvas, evoluiu super bem ao longo dos anos mesmo sem estágio em madeira — mantendo uma excelente acidez, com aromas de flor de laranjeira. Tem um frescor aromático que me remeteu aos melhores exemplares de Sauvignon Blanc que já provei. R$ 65 na Dieb Importadora.
2. Primeira Estrada Chardonnay 2018 | Esse rótulo vem do “Terroir de Inverno” brasileiro, em meio à Serra da Mantiqueira e mais especificamente de Caldas (MG), cidade que fica a 1.200 metros de altitude. Para fugir das chuvas de verão, os enólogos de toda a região levaram a videira a produzir no período de outono/inverno (explico melhor aqui) — ganhando inclusive tempo para maturar bem seus vinhos e garantir excelente acidez. Sem passagem por madeira, este branco é fresco e frutado, com toques florais. R$ 97,48 na Distribuidora Araújo Mateus.
3. Marquês de Casa Concha Chardonnay D.O. Limarí 2018 | A principal característica desse vinho é sua mineralidade: uma característica que remete a sol quente em pedras, sal ou giz no paladar e no olfato. Apesar de não parecer, é um diferencial desejado e apreciado nos vinhos! Normalmente é encontrado em rótulos de regiões frias com solos calcários, de ardósia ou cálcio; como é o caso do Limarí — região produtora chilena a 22 km do Oceano Pacífico. Além de mineral, este rótulo elegante e complexo tem algo de pêra e avelãs. Custa entre R$ 99 e R$ 115 em diversas casas de Salvador.
4. Viapiana Chardonnay 2015 | Com 14 meses de estágio em barrica de carvalho francês, possui aromas de nozes, chocolate branco, suave toque cítrico e um bouquet amanteigado! Parece cheiro de pipoca caseira, sério! Isso acontece porque 50% deste vinho passa por um tipo de fermentação chamada malolática, que diminui a acidez e empresta à bebida mais cremosidade e untuosidade. Encorpado, este branco de Altos Montes, no Rio Grande do Sul, custa R$ 110 na Dieb Importadora.
MAIS UM GOLE
Vai ter novo rodízio de vinhos nesta sexta (14) com Letícia Spanholo, desta vez no Anexo Club (Rua das Angélicas, 303, Pituba). Por R$ 80, você participa de uma degustação livre com 10 rótulos. As inscrições são limitadas a 100 participantes e podem ser feitas por este link.
Quer saber mais sobre vinhos? Toda quarta-feira, você pode receber antecipadamente o conteúdo produzido por Paula Theotonio, que traz dicas exclusivas pra descomplicar a relação com o vinho. Assine a newsletter aqui e boa leitura!