As surpresas fazem bem ao esporte

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 6 de abril de 2018 às 05:18

- Atualizado há um ano

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Se as próximas etapas do Mundial de Surfe mantiverem as surpresas das duas primeiras desta temporada, o ano já será melhor do que 2017. Ano passado, foram nove vencedores diferentes nas nove primeiras etapas.

Em 2018, já são dois campeões distintos. Primeiro, Julian Wilson em Gold Coast. Agora, Ítalo Ferreira em Bells Beach. O potiguar arrebentou, com um surfe agressivo desde a primeira bateria. Teve rivais complicados e em alto nível. Filipe Toledo, Gabriel Medina e Mick Fanning, por exemplo, saindo vitorioso sempre sem deixar quaisquer dúvidas.

Não parece, pelo desempenho, mas foi a primeira vitória de Ítalo numa etapa do CT. Ele fez um excelente 2015, quando era calouro, oscilou bastante no ano seguinte e foi prejudicado por uma lesão em 2017, suando para ficar entre os 22 melhores e seguir no CT, ainda que, provavelmente, caso não ficasse, receberia um convite por conta da contusão. 

A vitória em Bells mostra que o potiguar está 100% e ele se junta ao grupo dos surfistas que irão brigar pelo caneco da temporada atual. Briga que, nesse momento, tem na ausência do bicampeão John John Florence a grande surpresa. Com um 25º e um 13º lugares nas duas etapas até agora, o havaiano se encontra numa inesperada 26ª posição no ranking. Nem gosto desse exercício, mas, no momento, Florence estaria de volta ao WQS já que está abaixo da linha de corte. Impensável!

Bells também marcou a despedida de Fanning do circuito. É claro que o aussie tinha muita lenha pra queimar ainda, mas, por tudo que passou nos últimos anos, merece curtir a vida sem demais preocupações. Após o incidente com o Tubarão em J-Bay, em 2015, seguido da morte de seu irmão Peter, no mesmo ano, Fanno, como qualquer outra pessoa, não se mantém da mesma forma. Não é simples lidar com a efemeridade da vida de maneira tão brutal. Pior, sendo um cara tão legal como relata sua fama dentro do circuito.

Claro que terminar com um título seria perfeito para ele. Em Bells, Fanning mostrou porque é tricampeão mundial. Usou a energia vinda das areias para impulsionar-se ainda mais rumo à final. Mas encontrou em Ítalo, seu rival na decisão, um cara obstinado e completamente adaptado às condições do mar. De qualquer forma, foi uma decisão estupenda de se ver. 

BASQUETE Os principais campeonatos de basquete do mundo vão chegando a suas fases decisivas. Na NCAA, sempre é emocionante ver universidades pequenas surpreenderem e chegarem próximas ao título. Desta vez, ‘cinderela’ foi Loyola Chicago, que terminou na 3ª colocação, mesmo não estando entre as 50 maiores favoritas da temporada. No feminino, Notre Dame contou com Arike Ogunbowale fazendo duas cestas da vitória no estouro do cronômetro na semi e na final. Se não viu, veja. É impressionante.

Na NBA, não consigo mais apontar favoritos nem no Leste, nem no Oeste. Nem o Golden State Warriors, assolado por lesões, é mais confiável, ainda mais com o Houston Rockets jogando tanto. No Leste, Toronto Raptors e Cleveland Cavaliers surgem na ponta, anda mais agora que Kyrie Irving está fora dos playoffs, deixando o Boston Celtics na mão. 

No Brasil, vamos torcer para o Universo/Vitória passar pelo Minas e chegar às quartas de final do NBB. Contra o Flamengo, infelizmente, o buraco vai ser bem mais embaixo. 

Ivan Dias Marques é subeditor de Esporte e escreve às sextas-feiras