Assessor de vereador levou mais de 10 tiros: 'tudo indica que era o alvo'

Polícia ainda investiga quem está envolvido em atentado com dois mortos

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  • Bruno Wendel

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 22:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Almiro Lopes/CORREIO

O assassinato a tiros do assessor de vereador Wellington Soares dos Santos, 30 anos, no bairro de Castelo Branco, em Salvador, nesse domingo (19), continua sem respostas para familiares e amigos da vítima, mas as circunstâncias do crime podem ajudar a elucidar o atentado que deixou ainda outra pessoa morta e mais dois baleados.

O corpo de Wellington - que trabalhava para o vereador Kiko Bispo (PTB) -, foi sepultado na tarde desta segunda-feira (20), no cemitério Bosque da Paz, na Estrada Velha do Aeroporto, onde as perguntas que rondam o seu assassinato continuavam no ar. Um dos pontos chaves que podem ajudar a entender o que aconteceu foi citado por um colega de trabalho da vítima. "O que nos causa estranheza é o fato de a maioria dos tiros terem sido nele. Levou mais de dez (tiros). Tudo indica que ele era o alvo. Todo mundo só comenta isso", declarou o também assessor do vereador Kiki Bispo, que preferiu não se identificar.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a investigação sobre a motivação e autoria do crime ainda está em andamento. Até a tarde desta segunda, nenhum suspeito havia sido identificado ou preso.

Além de Wellington, foram baleados, durante o atentado, o instrutor de autoescola Hilberto de Carvalho Santos, 45, que também morreu, além de Jacson Menezes de Oliveira, 24, e Luiz Joaquim da Silva Filho, 53. Os dois últimos seguem internados em unidades médicas de Salvador e não há informações sobre o estado de saúde.

Despedida Mais de 100 pessoas que compareceram ao sepultamento de Wellington no Cemitério Bosque da Paz, na Estrada Velha do Aeroporto. O enterro estava marcado para 14h, mas houve atraso por conta da chuva.

Segundo outros assessores do vereador, Wellington tinha deixado uma caixa de cerveja com um amigo e seguia para casa, onde tomaria banho para ir a uma festa em Castelo Branco. "Mas aí, um dos rapazes baleados o chamou para ver um passarinho. Todos foram criados juntos e gostavam de pássaros e Wellington foi e ficaram todos conversando na rua, em seguida", contou assessor. 

Pouco tempo depois, os seis homens chegaram em carro Fiat Doblô, cor preta, à Rua Antônio Soares, local do crime. Os assessores disseram que eles estavam acima de qualquer suspeita. "Ninguém nunca poderia imaginar que fariam um estrago desses. Eles estavam bem arrumados, com calças e camisas sociais. Um deles tinha o cabelo e barba grisalhos e carregava uma mochila nas costas. Passaram por um.grupo de pessoas e ainda deram 'boa noite'", contou um dos assessores.

Wellington e os demais foram cercados e tiveram os corpos perfurados por calibre diferentes de armas. "Foi muito tiro. Havia no chão calibre de pistola 9 mm, ponto 40, 380 e 45", relatou outro assessor.