Assessora de Marielle conta em depoimento como foi hora do crime

Ela estava ao lado da vereadora, mas não foi atingida por disparos

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  • Da Redação

Publicado em 16 de março de 2018 às 19:14

- Atualizado há um ano

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A assessora que estava no carro de Marielle Franco no momento em que a política foi morta a tiros prestou depoimento à polícia e revelou que não sabia de nenhuma ameaça contra a vereadora. Apesar disso, ela relatou que uma funcionária que trabalhava com Marielle há cerca de dez dias foi interpelada por um homem em um ponto de ônibus de maneira agressiva. Ela perguntou em tom ameaçador se ela trabalhava para a vereadora. No ataque à vereadora, morreu também o motorista dela, Anderson Pedro Gomes. As informações são de O Globo.

Apesar desse episódio, a assessora afirmou que Marielle nunca fez relatos de ameaças. Ela recebia muitas denúncias de moradores, especialmente na área do 41ª Batalhão da Polícia Militar (Irajá), onde autou de 2013 a 2016 como coordenadora na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania. 

A testemunha contou que não percebeu que o carro em que estavam era seguido. Segundos antes dos tiros começaram, a vereadora Marielle falou "ué?", em tom de dúvida, assim que o carro entrou na Rua João Paulo I, no Estácio, onde o crime ocorreu. A rajada de tiros foi ouvida em seguida. Baleado, o motorista Anderson ainda disse "ai". Mariele caiu sobre a assessora, que se abaixou tentando se proteger. Ela não ficou ferida. 

Vídeo registrou vereadora entrando em carro:

O carro continuou andando. A assessora se esticou e puxou o freio de mão para evitar que ele seguisse. Ela relatou no depoimento que costumava se sentar no banco de carona, mas naquele dia estava ao lado da vereadora para escolher fotos do encontro em que tinham acabado de participar, na Lapa.

A sobrevivente diz que os disparos pareciam vir da diagonal traseira. Ela contou ainda que depois dos tiros não viu nenhum carro ou moto por perto. Populares que passavam pelo local ajudaram a prestar socorro. Cinco pessoas já foram ouvidas. A suspeita de que três pessoas, em dois carros, participaram do crime. (Foto: Reprodução)