Associação Nacional de Jornais repudia agressões sofridas por jornalista do CORREIO

Caso aconteceu durante manifestação bolsonarista neste domingo (14) em Salvador

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  • Da Redação

Publicado em 16 de março de 2021 às 11:38

- Atualizado há um ano

. Crédito: Paula Fróes/CORREIO

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) emitiu nesta terça-feira (16) notas de repúdio contra as agressões verbais sofridas pela repórter-fotográfica Paula Fróes, do jornal CORREIO*, em manifestação bolsonarista ocorrida no domingo (14) em Salvador e pelo repórter-fotográfico do jornal Estado de Minas durante cobertura que fazia ontem (15) de manifestação ocorrida no centro de Belo Horizonte.

"A intimidação feita por manifestantes demonstra intolerância e incompreensão da atividade jornalística. A ANJ assinala que um dos agressores já foi identificado, o que certamente facilitará o trabalho de apuração da polícia. É essencial que episódios como este sejam rapidamente esclarecidos, com o encaminhamento dos agressores à Justiça. A sociedade e suas instituições devem reagir com eficiência e rigor em defesa da atividade jornalística e da liberdade de imprensa, que são fundamentais para o exercício da cidadania", diz a nota em apoio à Paula e ao Correio*.

Ao registrar imagens da manifestação em apoio ao governo federal, a fotojornalista foi chamada de "palhaça" e "vagabunda", entre outras ofensas. Ela também foi cercada no local pelos manifestantes e apoiadores Jair Bolsonaro.

No caso do Estado de Minas, o fotógrafo chegou a ser agredido fisicamente, sendo atingido por golpes de capacete, de um cabo de uma bandeira, além de pontapés.

"Os agressores atentaram contra a integridade física de um cidadão e também contra o direito de todos serem livremente informados, já que o repórter-fotográfico estava trabalhando para levar ao público informações sobre a manifestação. A integridade física e moral dos jornalistas é parte fundamental do exercício da liberdade de imprensa. A ANJ espera que as autoridades identifiquem rapidamente os agressores e os encaminhem à Justiça, para que sejam punidos, nos termos da lei. O extremismo e a intolerância contra jornalistas atingem a toda a sociedade", afirma a nota da ANJ em relação ao caso do jornal mineiro.