Ataque de morcegos no Centro Histórico inspira canção feita por moradora; assista

Compositora diz que intenção é alertar vizinhos para prevenção contra ataques, que podem provocar raiva humana

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  • Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2017 às 17:06

- Atualizado há um ano

A autônoma Luzia Tudela, 51 anos, resolveu transformar a série de ataques de morcegos, em bairros do Centro Histórico de Salvador, em música. “Eu fiz essa música pra que os moradores realmente acreditem que existe essa picada”, comentou ela, antes de lançar os versos da canção.

"Ah, ah, ah, o morcego tá no ar. Feche a portinha, a janelinha, senão o morceguinho vai morder sua canelinha", diz a letra bem-humorada. 

Após a performance, Luzia ainda brincou: "Já cansei desses morcegos. Quero agora ser mordida pelo Batman".

PrevençãoPor conta dos relatos de ataques – já são mais de 30, desde o mês passado –, a prefeitura resolveu vistoriar casas para identificar onde estão os mamíferos voadores, que são hematófagos (se alimentam de sangue).

Pelos menos 16 mil imóveis serão vistoriados até o final da semana pelo Centro de Controle de Zoonoses de Salvador (CCZ). Além de localizar os abrigos, a ideia é vacinar animais domésticos, para evitar que contraiam raiva.

A ação de prevenção começou nesta terça-feira (16) e vai percorrer imóveis nos bairros do Santo Antônio, Saúde, Comércio, Macaúbas e Barbalho.

Dez duplas de agentes de zoonoses já estão nas ruas. A expectativa é de que, até o final do dia, cerca de 3 mil imóveis sejam visitados. Além das visitas, cães e gatos das famílias visitadas serão imunizados com vacina antirrábica. A medida foi tomada após moradores do Centro Histórico terem sido vítimas de ataques de morcegos.

As vítimas que foram expostas ao ataque do mamífero voador estão sendo encaminhadas para o Hospital Couto Maia, no Monte Serrat, onde receberão o tratamento completo, que inclui três doses da vacina antirrábica.

"A visita acontece de casa em casa, onde os agentes do centro do zoonoses fazem a vacinação de cães e gatos, tentam identificar abrigos de morcegos e pessoas que foram mordidas por esses animais. A vacina humana e pós-exposição. Primeiro ele é encaminhado para uma avaliação onde o médico deve dizer a quantidade certa para cada caso", explicou Aroldo Carneiro, chefe do Setor de Vigilância Contra a Raiva do CCZ.