Atraso em regra do Fair Play financeiro ajudou PSG a ter Messi

Entenda por que o craque foi vetado no Barcelona, mas conseguiu fechar com o time francês

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  • Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2021 às 15:06

- Atualizado há um ano

. Crédito: Miguel Ruiz/FC Barcelona

Lionel Messi é o novo jogador do Paris Saint-Germain. O craque foi contratado após deixar o Barcelona, clube que defendeu durante 17 temporadas e conquistou 35 títulos, incluindo quatro taças da Liga dos Campeões.

A saída do astro do time catalão aconteceu por causa de restrições impostas pela política de Fair Play Financeiro. O PSG, porém, não tem problemas para acertar com o argentino. O motivo é simples: as regras que se aplicam ao Barça não são as mesmas para os franceses.

Os catalões não podem continuar com Messi por causa de uma regra decretada pela La Liga, que gerencia as principais divisões de futebol da Espanha. Em resposta à pandemia, a entidade estabeleceu que nenhuma folha de pagamento de um clube poderia exceder 70% de seu faturamento. Esse teto é inquebrável - ou seja, os times não podem registrar novos contratos se ultrapassarem o limite.

Mesmo se Messi reduzisse seu salário em 50%, como chegou a aceitar -, o Barcelona quebraria a regra. Por conta disso, não conseguiu renovar com o maior ídolo de sua história.

Já na França, não há uma regulamentação similar. Segundo o jornal L’Equipe, o DNCG, o órgão fiscalizador financeiro do futebol do país, havia planejado implementar a regra, mas adiou o plano por dois anos após a pandemia, até o início da temporada de 2023/24.

A partir da temporada 2019/20, afetada pela pandemia do coronavírus e consequente perda de receita, a folha salarial do PSG representava cerca de 100% da receita total, de acordo com o L’Equipe. O clube tem, porém, que cumprir os regulamentos de Fair Play Financeiro da Uefa, só que essas regras também foram flexibilizadas por causa da covid-19.

O Paris Saint-Germain já foi investigado algumas vezes pela entidade do futebol europeu por supostas irregularidades em suas contas. Uma das questões polêmicas é que alguns contratos de patrocínio do clube são com empresas do Catar, o que poderia ser forma artificial de injeção de dinheiro. É bom lembrar que o presidente do PSG é o CEO do fundo de investimentos dono do clube francês e vinculado ao governo qatari.

Apesar das circunstâncias terem ajudado o PSG, alguns jogadores provavelmente serão vendidos, para reduzir a massa salarial. De acordo com o portal The Athletic, o clube deverá colocar no mercado dez jogadores. Entre eles, o atacante argentino Mauro Icardi, o meia espanhol Ander Herrera e o meia-atacante alemão Draxler.