Autor de atentado em Nova York é formalmente acusado de terrorismo

Bilhetes achados em carro têm termos que indicam ligação com Estado Islâmico

  • Foto do(a) author(a) Agência Brasil
  • Agência Brasil

Publicado em 1 de novembro de 2017 às 20:41

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

O imigrante uzbeque que ontem atropelou e matou oito pessoas em Nova York foi formalmente acusado nesta quarta-feira (1º) de fornecer recursos e material de apoio ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI), segundo a Justiça dos Estados Unidos. A informação é da EFE.

O  responsável pelo atentado terrorista é Sayfullo Saipov, que chegou aos EUA em março de 2010, favorecido por um programa de concessão de vistos a cidadãos de países com baixo histórico de emigrantes para o país norte-americano.

De acordo com os documentos divulgados pela Procuradoria Federal do distrito sul de Nova York e apresentados à juíza responsável pelo caso, Barbara C. Moses, Saipov também é acusado de violência e destruição com veículo.

As acusações, descritas pela agente do FBI Amber Tyree, sustentam que Saipov, depois de cometer o atentado, saiu do veículo que conduzia gritando "Alá é grande", em árabe. Perto do local, e dentro de uma bolsa preta, foram encontradas uma carteira de motorista do estado da Flórida em nome de Saipov e três armas brancas.

Dentro do veículo havia dois telefones celulares que Saipov supostamente utilizou, e perto da caminhonete um documento com um texto em árabe e em inglês, que inclui termos que as autoridades atribuem aos usados por seguidores do EI.

Nas declarações que fez à polícia, Saipov disse que seus atos foram inspirados por vídeos do EI e acrescentou que estava há cerca de um ano planejando um ataque nos EUA. Há dois meses, segundo o documento, ele "decidiu usar uma caminhonete para causar um dano máximo contra civis".

O documento também indica que Saipov escolheu a data de 31 de outubro pensando em causar um maior número de vítimas devido ao tradicional desfile de Halloween que acontece em Nova York.

"Durante o interrogatório, Saipov pediu que fosse colocada uma bandeira do EI no quarto do hospital onde está e afirmou que sentia-se bem pelo que tinha feito". Um dos telefones celulares apreendidos contém vídeos distribuídos pelo EI, assim como 3.800 imagens, muitas das quais parecem ser propaganda desse grupo terrorista.