Baco Exu do Blues e OQuadro se apresentam em dia de jogo do Brasil

Shows integram a programação do projeto Bud Basement, que exibe jogos da Copa do Mundo no Trapiche Barnabé

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  • Naiana Ribeiro

Publicado em 6 de julho de 2018 às 06:12

- Atualizado há um ano

. por Divulgação

Após uma temporada de shows fora da sua terra natal, o rapper soteropolitano Diogo Moncorvo, 22 anos – o Baco Exu do Blues, destaque no cenário nacional – se apresenta nesta sexta-feira (6) em Salvador. O show integra a programação do projeto Bud Basement - espaço da cerveja Budweiser que agita a capital baiana nos jogos da Copa do Mundo,  no Trapiche Barnabé (Comércio).

Quem for ao evento realizado desta vez com o coletivo OXE071, poderá prestigiar o Festival Fogo, com hambúrgueres e opções vegetarianas. Também vai poderá curtir a banda OQuadro e o DJ Telefunksoul. Os artistas sobem ao palco após o apito final da partida entre Brasil e Bélgica. “Vou apresentar o álbum Esú, que lancei em setembro do ano passado, e mais alguns singles recentes, que ainda não cantei em Salvador”, antecipa o rapper, que canta por volta de 21h30.  (Foto: Divulgação) Apesar de ser tricolor e acompanhar de perto seu time do coração, Baco conta que não está muito ligado na Copa do Mundo; está feliz mesmo por poder reencontrar amigos e fãs de longa data. Na apresentação, não vai deixar de lado o tom iconoclasta e polêmico da sua obra. Deve tocar ainda algo do que está preparando para seu novo álbum. “A música baiana é diferente dos outros lugares. Nossos artistas têm uma forma bem específica de falar da cidade. Estou para lançar um novo trabalho que vai ser como uma transição entre Esú 1 e Esú 2. Não sei explicar muito bem do que fala, mas posso adiantar que terá participações de artistas que não são do rap”, conta. 

Morando em Salvador e com a agenda lotada, o artista passa muito tempo viajando e não descarta a possibilidade de se mudar de estado. “A vida é longa. No momento, não tenho moradia. Toco pelo Brasil inteiro. Mas o meu maior público está em São Paulo”, revela. Mesmo assim, continua criticando a falta de visibilidade dos artistas nordestinos e as ‘panelinhas’ do eixo Sul-Sudeste. “Ainda questiono muito o fato da indústria musical dar destaque a poucos artistas nordestinos. Claro que não dá para tudo mudar em dois anos – ainda tem muito preconceito com nordestino e a luta continua. Mas vejo que o cenário tem mudando aos poucos”, afirma.  (Foto: Daryan Dornelles)   Para ele, tanto o público quanto as gravadoras estão começando e ver a Bahia para além do axé. “Estamos num momento de virada, em que surgiram movimentos e outros ganharam mais visibilidade. BaianaSystem, Afrocidade, Àttooxxá e OQuadro  estão conseguindo mudar o olhar da indústria para a música baiana”, opina.

Ganhando cada vez mais destaque na cena nacional, a banda de Ilhéus OQuadro leva seu segundo álbum, Nêgo Roque, para o Comércio por volta das 19h.

“Tocamos esse trabalho poucas vezes em Salvador e é sempre muito bom reencontrar nossa família daqui. Vamos reunir boa parte do nosso repertório e Raoni Knalha, vocalista do Àttooxxá, vai estar com a gente”, conta Jef Rodrigues, um dos vocalistas do grupo. Mas a banda baiana pode surpreender. “Não se espantem se a gente resolver soltar um pagodão ou mandar um heavy metal”, avisa.  Banda de Ilhéus, O Quadro se apresenta por volta das 19h (Foto: Divulgação) No jogo do mata-mata, quem for ao Trapiche não vai se arrepender, garante o músico: “Futebol pega pessoas de todas as classes sociais. Estaremos preparados para comemorar uma vitória com o público ou celebrar a ‘vida que segue’ em caso de derrota”.

Nas próximas semanas, Emicida e outros artistas participam do projeto, que acontece até o final da Copa do Mundo. Inspirado nos porões de Nova York (EUA) e Berlim (Alemanha), o Bud Basement tem quatro lounges, três bares, loja, banca de revista, house mix, espaço de jogos e de grafite, banheiros, dois galpões com barbearia e estúdio de tattoo, palco, arquibancada e telões. 

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Além de Salvador, mais dez capitais do Brasil estão recebendo a badalada Bud Basement, que tem o objetivo de reunir pessoas que se conectam pela atitude, por meio de uma atmosfera urbana, genuína e contemporânea. Na capital baiana, a atração é realizada pela agência Califórnia e pela 2GB Entretenimento.

“As pessoas têm um mundo de atrações a disposição. Temos galpões com barbearia, estúdio de tatuagem, telões que irão transmitir os jogos e permitem visão 360° em todo o espaço, campeonatos de pebolim e futebol de botão, quadra de street soccer e um espaço destinado aos fanáticos por figurinhas da Copa do Mundo. Isso tudo paralelo às atrações musicais nos onze dias de evento”, explica Bruno Duarte, CEO da agência Califórnia. Confira programação dos próximos dias de evento: Sábado (7): Depois das quartas de final da Copa do Mundo, a banda Sollares sobe ao palco, a partir das 16h;10 de julho: As atrações da semi final, que acontece terça, são a banda Swag e o grupo Fit Dance Swag. As apresentações  começam a partir de 14h;14 de julho:  As atrações no segundo dia de semi final, no sábado, são a banda Swag e o DJ Telefunksoul, a partir de 14h;15 de julho: No dia da final da Copa do Mundo, um domingo, o projeto será encerrado com apresentações de Emicida e DJ Raiz. Eles sobem no palco a partir das 15h.

ServiçoO quê: Evento Bud Basement + OXE071Atrações: OQuadro + Baco Exu do Blues + participações especiaisOnde: Trapiche Barnabé (Comércio)Quando: Sexta-feira (6), a partir de 14hClassificação: 18 anosIngressos: Na bilheteria do evento ou através do Sympla