Bahia alcança melhor posição em um 1º turno por pontos corridos

CORREIO traz um 'Raio X' da campanha tricolor até o momento

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  • Bruno Queiroz

Publicado em 21 de agosto de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira / EC Bahia

Não foi possível superar os 23 pontos conquistados em 2017 e 2013 ao final da 19ª rodada. Mesmo assim, o empate por 1x1 diante do Cruzeiro, no Mineirão, fez o Bahia alcançar a sua melhor posição e aproveitamento em um primeiro turno neste formato de Série A. O tricolor é o 11º colocado, com 22 pontos, e tem uma partida a menos que a maioria das equipes. 

Ano passado, o time terminou a primeira parte do campeonato na 13ª posição e com 23 pontos, mas com aproveitamento de 40,4%, contra 40,7% na atual temporada. Tudo isso distribuído em uma campanha de cinco triunfos, sete empates e seis derrotas.

O caminho do Bahia até aqui tem algumas particularidades e números que chamam a atenção. Nenhum atleta esteve presente nas 18 partidas. Vinícius, Elton e Zé Rafael atuaram em 17, sendo que os dois últimos sempre como titulares. O volante, inclusive, é o que tem mais minutos na Série A, um a mais que o camisa 10: São 1.465 minutos contra 1.464 de Zé.

Como o torcedor já poderia imaginar, Régis é o atleta que mais entrou no decorrer dos jogos: 12 vezes. Consequentemente, Vinícius, que atua mais ou menos na mesma posição, é o que mais foi substituído, 13 vezes.

O saldo de gols do time de Enderson Moreira é de três negativos. Foram 20 marcados contra 23 sofridos, o que mostra certo equilíbrio entre os setores. O Bahia tem a 10ª melhor defesa e o 10º melhor ataque da competição. 

O artilheiro é Gilberto, com quatro gols em apenas seis jogos. Ao todo, 10 jogadores marcaram pelo tricolor na Série A. No quesito assistências, quem lidera é Élber, com três. O camisa 7 foi titular em 10 partidas e hoje é reserva. Quando somadas as participações em gols e assistências, Régis aparece na liderança, com cinco no total: foram três gols e duas assistências.

Elenco enxuto 

Trabalhar com um elenco mais enxuto nesta temporada sempre foi a política do Bahia. E essa filosofia se reflete na Série A. Nas 18 partidas, apenas 28 jogadores foram utilizados pelos técnicos Guto Ferreira, Cláudio Prates e Enderson Moreira. Destes, 24 começaram pelo menos um jogo entre os 11 titulares.

Os quatro que tiveram chances, mas nunca começaram jogando são Fernandinho, Geovane Itinga, Nilton e Ítalo. Este último, inclusive, é responsável pela única expulsão tricolor na Série A, que aconteceu na derrota para o Sport por 2x0.

Nos cartões amarelos, Gregore lidera disparadamente, com sete advertências em 16 jogos, média de quase um cartão a cada duas partidas. Já teve que cumprir suspensão automática duas vezes. Élber vem em segundo, com cinco cartões amarelos.

Por duas oportunidades, o Bahia conseguiu repetir a mesma escalação de um jogo para o outro. A primeira vez foi entre a 11ª e 12ª rodada, no empate por 3x3 com o Botafogo e triunfo por 1x0 sobre o Corinthians, respectivamente, ambos na Fonte Nova. A outra foi entre a 13ª e 14ª rodadas. Novo empate com a Chapecoense, fora de casa, por 1x1, e depois goleada sobre o rival no Ba-Vi, por 4x1. 

Retorno

O privilégio não deve se repetir amanhã, às 19h30, diante do Internacional, na Fonte Nova, já que o zagueiro Tiago volta de suspensão e deve retomar a titularidade para formar dupla de zaga com Lucas Fonseca. Douglas Grolli, autor do gol contra o Cruzeiro, volta a ser opção no banco de reservas.  

Enderson Moreira não terá desfalques por cartão nesta rodada, mas não descarta fazer outras mudanças na equipe, que vem desgastada pela sequência de jogos. Edigar Junio, que só entrou no final no Mineirão, deve estar entre os 11 titulares.