Bahia convida e garoto Arthur verá a final da Copa do Nordeste

Clube pagará a passagem para ele ver a decisão contra o Sport, dia 24, na Fonte Nova

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  • Fernanda Varela

Publicado em 16 de maio de 2017 às 15:59

- Atualizado há um ano

O garoto Arthur Cosme, de 15 anos, vai realizar seu sonho: ver o Bahia jogar. O tricolor tomou conhecimento da história do gaúcho que, aos 3 anos, se apaixonou pelo Esquadrão graças a um álbum de figurinhas, e decidiu ajudar.Arthur aos 3 anos e aos 15, sempre com a camisa do Bahia (Foto: Reprodução)A diretoria do clube entrou em contato com a família de Arthur e, com ajuda de patrocinadores, convidou o garoto para assistir à final da Copa do Nordeste, dia 24, contra o Sport, na Fonte Nova. Essa será a primeira vez que o gaúcho visitará Salvador.

O adolescente, que mora em São Leopoldo, cidade da região metropolitana de Porto Alegre, assistirá ao jogo acompanhado da mãe, Danielle.

PaixãoO amor de Arthur tem nome, três cores e carrega duas estrelas no peito: Esporte Clube Bahia. A mãe, Danielle Cosme, que acompanhou o início dessa relação inesperada, procurou explicação, mas não encontrou.

“Toda família sempre gostou muito de futebol. O pai dele, meu ex-marido, foi jogador da base do Grêmio, então ele e o irmão João Pedro nasceram em meio ao futebol, mas sempre ligados ao Grêmio, já que toda a minha família torce para o Grêmio. Como tenho um filho mais velho, eu sempre comprava os álbuns do Campeonato Brasileiro pra ele. Um dia, quando tinha uns três ou quatro anos, Arthur encontrou o álbum de 2001, ano que ele nasceu, e ficou encantado. Ali surgiu a paixão dele pelo Bahia”, conta Danielle, que tornou a história pública ao compartilhar no Twitter três fotos do filho em idades distintas, todas com a camisa do Bahia.

“Tudo na vida dele tinha que ter as cores do Bahia. Ele desenhava o escudo no caderninho. Enquanto o irmão gostava de Batman, ele só gostava do Capitão América, porque tinha as cores do Bahia. A gente achava engraçado e dizia: 'guri, tu nunca saiu do Rio Grande do Sul, nunca pisou na Bahia'. Não tem explicação. Não tem ninguém na família que é Bahia, ele não ganhou nenhum presente, ninguém influenciou. Ele manteve o amor pelo Grêmio, torce até hoje, mas o amor pelo Bahia é uma coisa que nasceu com ele. Uma vez a tia deu um casaco a ele e teve que trocar, porque não tinha as cores do clube”, completa ela, em entrevista ao CORREIO.

A primeira camisa do tricolor baiano que Arthur ganhou foi um presente do tio, que precisou ir até Brasília para encontrar o presente que o sobrinho queria. “Meu irmão foi em Brasília e comprou uma camisa, mas só tinha de adulto. Batia no tornozelo de Arthur e ele passava o dia com aquela camisa. É a camisa que ele usa até hoje. Ele sempre usa, assiste os jogos. Quando o Bahia enfrenta o Grêmio, ele diz que vai torcer pelo empate”, revela a mãe, que é torcedora do tricolor gaúcho.

Arthur pouco lembra da sua época de infância, mas recorda com carinho de quando teve o primeiro encontro com o Bahia, nas páginas do álbum. “Comecei a gostar do Bahia quando era pequeno. Ficava desenhando o emblema de vários clubes e o do Bahia era e ainda é o meu favorito. Desde então, comecei a gostar muito. Em jogos de videogame de futebol, eu sempre jogo com o Bahia. Até hoje tenho a camisa que ganhei quando era menor. Sempre procuro saber as notícias, como está no Brasileiro”, conta Arthur, que tem o sonho de ver o Esquadrão em campo. “Seria algo muito único pra mim e que, com certeza, eu nunca ia me esquecer”.