Bahia encara o Atlético-PR por sequência positiva no Brasileirão

Após vencer o Santos, tricolor tenta usar fator casa para embalar no Campeonato Brasileiro

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  • Vitor Villar

Publicado em 29 de abril de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Em 2017, quando acabou em 12º lugar e obteve a sua melhor campanha na era dos pontos corridos, o Bahia passou um mês com 100% de aproveitamento na Fonte Nova após a estreia na Série A. Neste domingo (29), o tricolor precisa repetir esta tarefa, literalmente, de casa. Foram três triunfos nas três primeiras partidas em Salvador pelo Brasileirão. O primeiro deles, justamente sobre o Atlético-PR, adversário de logo mais, às 16h, na Fonte. Outro detalhe: quem comandava o tricolor naquela ocasião era justamente Guto Ferreira, assim como agora.

Aquela foi a estreia do Esquadrão na Série A, retornando à elite após dois anos. O triunfo veio no dia 14 de maio, com um 6x2 sobre o Furacão. Depois, o Bahia recebeu e venceu o Atlético-GO (3x0) e o Cruzeiro (1x0), ambos já sob o comando de Jorginho.

Muitos dos que encararam o Furacão no ano passado seguem no Bahia. Três deles devem entrar em campo como titulares neste domingo (29): Lucas Fonseca, Zé Rafael e Edigar Junio. Naquele 6x2, Régis era titular e um dos destaques do time. Saiu de campo com dois gols marcados. “Lembranças boas, foi a estreia do Brasileiro, fizemos uma boa partida, vencemos por 6x2. Mas é passado, agora é outro jogo, outro momento, vamos nos preparar para chegar no domingo e fazer uma bela partida”, disse o meia.

Em 2018, Régis tem encarado a reserva desde o começo do ano. Na quinta-feira (26), fez o segundo gol do triunfo fora de casa do tricolor sobre o Botafogo-PB, por 2x1, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Nordeste. Régis admite que está incomodado com a reserva, masque tem encarado com naturalidade: “Estou trabalhando, aguardando minha oportunidade. Tenho entrado e ajudado bastante. Claro que fico incomodado com a reserva, mas não é por isso que deixarei de trabalhar. Temos grandes jogadores dentro de campo, importante é o grupo vencer. Se o professor precisar, vou corresponder”.

Fator casa A queda dos 100% em casa, após a estreia na Série A, só veio no dia 18 de junho, com um 4x2 para o Palmeiras – mais de um mês após a estreia, portanto. Na sequência, a Fonte Nova continuou uma arma muito forte para o Esquadrão, que terminou a Série A do ano passado com 59% de aproveitamento em casa. Foram dez vitórias, quatro empates e cinco derrotas. O Bahia terminou o Brasileiro do ano passado com 50 pontos. Destes, 38 foram na Fonte Nova. Ou seja, 76% dos pontos conquistados. Neste ano, a história não tem sido diferente. Desde que abriu a temporada, o Bahia só perdeu uma vez na Fonte Nova. Foi justamente na estreia em 2018, por 1x0, para o Botafogo-PB, pela primeira rodada da Copa do Nordeste. Depois daquilo, se recuperou. Teve um empate e nove triunfos. Destes, oito são seguidos. O Bahia não sabe o que é perder em casa desde o dia 7 de fevereiro. São 84% de aproveitamento como mandante em 2018.

Régis, no entanto, sabe que essa sequência de triunfos só foi mantida graças ao gol de Júnior Brumado, no último minuto do duelo com o Santos, no domingo (22). Para o meia, aquele espírito de batalha até o final tem que servir de inspiração para enfrentar o Atlético-PR. “Claro, serve, sim. Não podemos desistir em nenhum momento. São 90 minutos. Como foi contra o Santos, será assim o campeonato inteiro”, disse.

Problemas O técnico Guto Ferreira não conta com todo o elenco para enfrentar o Furacão. O meia-atacante Marco Antônio, autor de um dos gols do triunfo sobre o Botafogo-PB, sofreu entorse num tornozelo e não poderá ir a campo. Sem ele, o comandante deve colocar Elber como titular. Outras duas baixas são os zagueiros Tiago e Douglas Grolli, que reclamaram de dor na coxa. Sem eles, Guto terá que escolher entre Rodrigo Becão, que foi titular contra o Belo, e o garoto Everson. A tendência é que seja o primeiro. Por outro lado, muitos outros retornarão em relação a quinta-feira (26): Léo e Zé Rafael, que estavam suspensos, Nino Paraíba, que havia sido liberado para acompanhar o nascimento do filho, e Lucas Fonseca, que havia sido poupado por desgaste muscular.