Bahia Farm Show 2018 registra R$ 1,891 bilhão em volume de negócios

Aumento foi de 23% em relação ao ano passado; próxima edição já tem 60% do espaço vendido

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  • Mario Bitencourt

Publicado em 13 de junho de 2018 às 12:32

- Atualizado há um ano

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A Bahia Farm Show, terceira maior feira agrícola do Brasil e realizada em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia, entre 5 e 9 e junho, teve R$ 1,891 bilhão em negócios, um aumento de 23% em relação ao ano passado.

A informação é da organização do evento, em comunicado nesta quarta-feira (13), que informa também que a feira teve público total de 57.573 pessoas, menor que 2017, quando mais de 60 mil compareceram à Bahia Farm.

Na feira deste ano, houve destaque ainda para o número de novos expositores, 20% superior ao da edição de 2107, totalizando 210 empresas que representaram mais de 900 marcas e produtos.

O crescimento da feira se dá pela boa safra de grãos no oeste, localizado na região do Matopiba, que abrange áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O destaque da produção é a soja e o algodão, com safras recordes para 2018.

A soja, cuja colheita encerrou em abril, fechou com 6 milhões de toneladas, ante os 5,2 milhões da safra de 2017. Já o algodão, em 2017, teve a safra de 833,5 mil toneladas, e para 2018 está estimada em 1,1 milhão de toneladas, 5,7% maior que a prevista em abril e 29% maior que o ano passado.

A alta da produção da soja levou a Cargill (empresa beneficiadora e exportadora de soja) a anunciar que dobrará sua capacidade de processamento do grão na região, indo para 1,5 milhão de toneladas a mais.

No momento, está em negociação com a Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães e o Governo da Bahia o processo de escolha para a nova unidade e a emissão de licenças ambientais. Na região, a Cargill já tem presença em Barreiras.

O presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Celestino Zanella, declarou que os números refletem o otimismo de uma região onde o agronegócio impulsiona e movimenta a economia.

“Nossas expectativas eram grandes porque colhemos a maior safra de soja da história da região e a segunda maior de algodão. O bom preço das commodities ajudou, assim como as taxas de juros, mais acessíveis”, comentou.Na avaliação de Zanella, “o agricultor investiu em tecnologia durante a feira já se preparando para o próximo ano e por acreditar também na Bahia Farm como local estratégico para fechar bons negócios”.A disseminação de conhecimento levou pesquisadores, estudantes e técnicos a participarem das mais de 30 palestras, debates e mesas redondas oferecidas durante o evento.

Uma sessão itinerante da Assembleia Legislativa da Bahia aproximou parlamentares baianos e agricultores do oeste no debate de temas ligados ao meio ambiente e agricultura.“A feira se traduz em importante palco de discussões de ideias, fomento à pesquisa e à inovações direcionadas ao homem do campo, capazes de fazer com que ele produza mais, lucre mais, e, em contrapartida, economize tempo, dinheiro e preserve os recursos ambientais”, avalia o vice-presidente da Aiba, Luiz Pradella.Muitas encerraram a participação no sábado (9) de olho na edição de 2019, que já está com 60% do espaço total vendido – destes, 10% são novos expositores nacionais e internacionais.

“Desde o ano passado a Bahia Farm Show iniciou o processo de internacionalização, este ano recebemos expositores do Uruguai, Alemanha e Estados Unidos. Já começamos a feira de 2019, e com ela, a adesão de empresas estrangeiras que veem no evento uma vitrine para expor suas marcas”, declarou a coordenadora geral, Rosi Cerrato.

Mais de três mil empregos diretos e indiretos foram gerados antes, durante e após a feira. A próxima edição já está confirmada e será realizada de 28 de maio a 1º de junho de 2019.