Bahia pode alcançar a maior invencibilidade em Ba-Vis na década

Caso não perca partida de domingo (11), tricolor chegará a dez clássicos sem sem batido

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  • Bruno Queiroz

Publicado em 8 de novembro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira / ECBahia

Há 86 anos, desde o primeiro clássico no já extinto Campo da Graça, em 10 de abril de 1932, o Ba-Vi se alimenta de novas histórias. A cada embate podem surgir novos tabus, metas e recordes, e não será diferente no confronto de domingo (11), às 16h, no Barradão, pela Série A.   Caso não perca, o Bahia terá a maior hegemonia do clássico na década atual, iniciada em 2011, com dez jogos de invencibilidade diante do maior rival. Até então estão empatados, já que o Vitória também passou nove Ba-Vis sem derrota, nos jogos disputados entre 12 de fevereiro de 2012 e 21 de julho de 2013. 

Na ocasião, foram cinco empates e quatro triunfos rubro-negros, entre eles as goleadas por 7x3 e 5x1 na Fonte Nova. Curioso é que, em meio a essa sequência, no ano de 2012, o tricolor foi campeão baiano sem ter vencido nenhum clássico. Como tinha vantagem de jogar por dois resultados iguais, levantou a taça após empatar por 0x0 no Barradão e por 3x3 em Pituaçu, encerrando um jejum de dez anos sem título. 

Na atual série invicta, iniciada em 30 de abril de 2017, o Bahia detém seis triunfos e três empates. Este ano, venceu os quatro Ba-Vis que disputou, três pelo Campeonato Baiano (3x0 após W.O, 2x1 e 1x0) e o outro no primeiro turno da Série A, por 4x1. Veja a sequência completa abaixo:

O último vencido pelo Leão aconteceu em 27 de abril de 2017. Era o jogo de ida da semifinal da Copa do Nordeste e o rubro-negro ganhou por 2x1, de virada, com gols de Euller e André Lima, após Edson ter aberto o placar no Barradão.

Durante esta semana, o presidente do Vitória, Ricardo David, considerou o Bahia favorito devido ao momento distinto das duas equipes. “Bahia é o favorito sim, acho que sim, tem melhor campanha. Futebol é simples. Quem apresenta melhores resultados se torna favorito. O Bahia é favorito, mas vai encontrar um adversário com vontade para reverter isso. Não tenha dúvida. O Bahia vai encontrar um adversário difícil de ser enfrentado”, comentou o dirigente na terça-feira (6), durante a entrevista em que explicou o motivo da demissão do técnico Carpegiani e anunciou a promoção de ingressos a R$ 10 no Barradão até o fim do campeonato.

Do lado tricolor, o goleiro Douglas discordou. “Não acredito (que o Bahia seja favorito). Clássico tem algumas características que qualquer número é deixado de lado. É uma partida diferente em qualquer momento do ano ou das duas equipes”.

Atualmente, o Bahia é o 11º colocado do Brasileirão com 40 pontos, seis a mais que o Leão, que está na zona de rebaixamento, na 17ª posição. 

Maiores sequências da história A maior sequência invencível da história do clássico é também do tricolor e aconteceu de 26 de março de 1986 a 3 de julho de 1988, período em que foi tricampeão baiano. Foram nove triunfos e nove empates em 18 jogos. Uma marca ainda distante de ser alcançada. 

Entre 30 de maio de 1965 e 1º de setembro de 1968, o Vitória se manteve invicto por 12 partidas, em que ganhou seis e empatou seis. Foi a maior série rubro-negra. No século XXI, o Leão chegou a ficar 11 clássicos invicto, com cinco triunfos e seis empates, de 15 de fevereiro de 2004 a 14 de maio de 2006.

Vale lembrar que, nos dois recordes de cada clube, os duelos aconteceram somente na Fonte Nova, já que o Barradão receberia o seu primeiro Ba-Vi em 12 de fevereiro de 1995, tendo o Leão como vencedor. O placar do jogo foi 2x0. O Bahia só conseguiu vencer o seu primeiro clássico na Toca em 13 de abril de 1997, por 3x1.

Contando apenas os confrontos pela Série A, a maior sequência é a do Vitória, de seis jogos sem perder, entre 3 de dezembro de 1989 e 27 de julho de 1997. Foram três triunfos do rubro-negro e houve outros três empates.      O pesquisador Fred do Chame-Chame contribuiu com os números, placares e demais dados históricos do clássico.

*A reportagem foi publicada com um erro em sua versão original, já que registrava a possibilidade do Bahia alcançar a maior invencibilidade do século, e não da década.