Bahia: produção de ovos de galinha sobe 2,2% em 2017

Dado foi divulgado nesta quarta-feira (21) pelo IBGE

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  • Da Redação

Publicado em 21 de março de 2018 às 12:37

- Atualizado há um ano

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A produção de ovos voltou a crescer na Bahia em 2017, chegando a 46,560 milhões de dúzias - um acréscimo de 2,2%, ou seja, 991 mil dúzias a mais que em 2016. Entre 2015 e 2016, a produção baiana de ovos havia caído 3,2%. No 4º trimestre de 2017, a produção de ovos de galinha na Bahia foi de 11,693 milhões de dúzias, representando uma variação negativa de -0,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior (-31 mil dúzias). 

Os dados são da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, Produção de Leite, Couro e Ovos referente ao 4º trimestre e ano de 2017, divulgados nesta quarta-feira (21) pelo IBGE. Segundo o órgão, em 2017, a produção nacional de ovos de galinha foi de 3,30 bilhões de dúzias, representando aumento de 6,7% em relação ao ano anterior e atingindo novo recorde na série anual.

A produção de 206,48 milhões de dúzias de ovos a mais no país, no comparativo 2017/2016, foi consequência do aumento de produção em 20 dos 24 estados que tiveram resultado para essa atividade em 2017, com destaque para São Paulo (+66,71 milhões de dúzias), Espírito Santo (+25,22 milhões de dúzias) e Rio Grande do Sul (+19,32 milhões de dúzias).

São Paulo é o líder na produção nacional de ovos de galinha, responsável por 29,7% do total. A Bahia responde por 1,4% do total.

Abate bovino A Bahia também registrou um aumento de 4,3% no abate de bovinos no 4° trimeste de 2017. No total, foram abatidas 301.318 cabeças de gado no período ante 288.828 cabeças no trimestre anterior.  O resultado positivo nos últimos três meses do ano levou a um abate total de 1.176.495 bovinos no estado em 2017. A quantidade é 3,1% maior (+34.925 cabeças) que a de 2016.

É o primeiro crescimento depois de duas quedas consecutivas (-11,2% em 2015 e -6,3% em 2016). A Bahia é um dos 16 estados em que houve crescimento no segmento em 2017.

No país como um todo, no ano passado, foram abatidas 30,83 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de inspeção sanitária, representando aumento de 3,8% (+1,13 milhão de cabeças) em relação a 2016. Foi o primeiro crescimento anual após três quedas consecutivas nessa comparação.

O Mato Grosso continua liderando o ranking do abate de bovinos em 2017, com 15,6% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,1%) e Goiás (10,3%). A Bahia tem 3,8% de participação e fica em 10º lugar entre os 25 estados para os quais houve resultados dessa atividade em 2017.

Abate de frango Mesmo tendo registrado queda no 4º trimestre (-2,0% ou -559.661 cabeças) em relação ao 3º trimestre, o abate de frangos cresceu em 2017 na Bahia (+9,8%), com 107,750 milhões aves abatidas no ano, frente a 98,133 milhões em 2016 (+9,616 milhões de animais abatidos).

Foi o terceiro crescimento anual consecutivo no abate de frangos no estado e o quarto maior aumento do país em 2017, tanto em termos absolutos quanto percentuais. O resultado bateu o recorde do ano anterior e foi o melhor para a Bahia desde 2006, início da série histórica anual disponível para o estado.

Em 2017, o desempenho do abate de frangos no país como um todo foi no sentido contrário e caiu 0,3%, após ter crescido por quatro anos consecutivos. Foram abatidas 5,84 bilhões de cabeças de frango, -18,54 milhões de cabeças em relação a 2016. O recuo no número de aves abatidas no país em 2017 foi determinado por reduções em 9 dos 21 estados para os quais houve informações no ano. As maiores quedas ocorreram Mato Grosso (-40,23 milhões de cabeças), Minas Gerais (-39,78 milhões de cabeças) e Distrito Federal (-13,72 milhões de cabeças).

O Paraná é o líder no abate de frangos, com 31,5% de participação nacional. A produção baiana representa 1,8% do total.

Abate de suínos O abate de suínos na Bahia cresceu 3,1% no 4° semestre de 2017. Ao todo, foram abatidas 129.412 cabeças de suínos. No ano passado, o abate de suínos no estado aumentou trimestre a trimestre, crescendo 3,12% (+1.064 cabeças) nos últimos três meses do ano.

Entretanto, ainda foi 4,8% menor (-6.581 cabeças) que o recorde de 2016 (quando foram abatidas 135.993 cabeças), apresentando o segundo melhor resultado da série histórica disponível, desde 1997, quando foram abatidos 67.002 animais. Nesses 20 anos, o número de suínos abatidos no estado quase duplicou: cresceu 93,1%.

Durante 2017, em todo Brasil foram abatidas 43,19 milhões de cabeças de suínos, representando um recorde na série, com aumento de 2,0% (+865,59 mil cabeças) em relação a 2016. O abate cresceu em 12 dos 22 estados participantes da pesquisa com resultados para 2017. Os destaques, em termos absolutos, foram para Santa Catarina (+772,49 mil cabeças), Paraná (+322,56 mil cabeças) e Mato Grosso do Sul (+128,18 mil cabeças). Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2017, com 26,6% do abate nacional, seguido por Paraná (21,3%) e Rio Grande do Sul (18,6%). A Bahia tem o 11º maior abate de suínos do país.

Aquisição de leite volta a crescer Também durante o período, a aquisição de leite cru na Bahia (104,283 milhões de litros) teve um forte crescimento (+21,4%) em relação ao trimestre anterior e contribuiu para o aumento de 12,6% na quantidade de leite adquirido no estado, no ano passado. Foram, ao todo, 360,712 milhões de litros, 40,235 milhões a mais que em 2016.

O resultado positivo de 2017 veio após dois anos consecutivos de quedas no volume de leite captado pelos estabelecimentos de laticínios sob algum tipo de inspeção sanitária na Bahia (-8,6% em 2015 e -3,6% em 2016). No país como um todo, a situação foi parecida. Em 2017, os laticínios sob serviço de inspeção sanitária captaram 24,12 bilhões de litros, um acréscimo de 4,1% em relação a 2016 e primeira retomada depois de dois anos seguidos de queda.

A aquisição de 947,29 milhões de litros de leite a mais em nível nacional, no comparativo 2017/2016, resultou do aumento no volume captado em 18 dos 26 estados investigados. Os maiores aumentos ocorreram em São Paulo (+313,05 milhões de litros) e Santa Catarina (+319,16 milhões de litros), enquanto a queda mais expressiva ocorreu em Minas Gerais (-116,07 milhões de litros).

Apesar do resultado negativo, Minas manteve sua ampla liderança no ranking estadual, com 24,8% de participação nacional, seguido por Rio Grande do Sul (14,8%) e São Paulo (11,9%). A Bahia responde por 1,5% do leite adquirido no país.