Baía de Aratu aciona plano de emergência por conta da mancha de 21km²

Resíduo está a 100 km da costa e ameaça atingir praias da Bahia

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  • Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/ CORREIO

A ameaça de uma mancha de óleo de 21 km² atingir a costa da Bahia fez o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) acionar o plano de emergência da Baía de Aratu. Há cinco anos, ele não era colocado em operação.

O CORREIO teve acesso, com exclusividade, ao documento que indicou que o plano deve ser acionado e que informa que a decisão foi devido à "gravidade do acidente ambiental com petróleo" e ao fato de que as manchas estão prestes a alcançar as regiões abrangidas pelo plano. No documento, o Ibama determina o monitoramento da entrada do canal, a proteção de áreas sensíveis e contenção e recolhimento do óleo, caso identificadas manchas dentro da Baía.

São duas manchas, uma de 21 km² e outra de 3,3 km², segundo pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Elas foram localizadas por satélite em alto mar, a 100 km da costa, entre o Litoral Norte da Bahia e o Sul de Sergipe, e estão seguindo em direção às praias baianas. Em Salvador, foram recolhidos 20 kg de petróleo cru até a manhã desta sexta-feira (11). Manchas de óleo já atingiram seis praias de Salvador e o Litoral Norte (Foto: Arisson Marinho/ CORREIO) Segundo a analista ambiental do Ibama e responsável pelas equipes de emergência ambientais, Ana Cacilda, Aratu está preparada para agir porque possui um plano de área já implementado. Os funcionários passam por treinamento para situações como as de grandes vazamentos de óleo.

Na prática, quando o plano de emergência é acionado, as empresas que fazem parte da baía somam esforços para resolver o problema - ou seja, elas pensam, juntas, em alternativas para a questão. O planejamento determina como cada uma delas deve se comportar e quais ações devem ser postas em prática. Especislistas temem o impacto ambiental (Foto: Arisson Marinho/ CORREIO) Segundo o Ibama, a última vez que o plano foi acionado foi há cinco anos, quando houve vazamento de óleo de uma embarcação. A Baía de Todos-os-Santos Sul também está cogitando acionar o plano dela de emergência, mas, nesse caso, o planejamento que define as regras nessas situações ainda está sendo implementado.

* Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro