Baianos aproveitam as eleições para faturar grana extra

Vendedores de comidas e bebidas se instalam em locais de votação

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  • Daniela Leone

Publicado em 7 de outubro de 2018 às 14:57

- Atualizado há um ano

. Crédito: Daniela Leone/CORREIO

A empresária Jaciara Santos espera faturar R$ 1.500 com a venda de pratos de feijoada no domingo de eleições (Foto: Daniela Leone/CORREIO) Eleição é sinônimo de trabalho para muitos baianos. Dona de bufê, Jaciara Santos, 59 anos, trabalha com encomenda para eventos, mas em dia de eleição sempre prepara feijoada por conta e risco para faturar uma grana extra. Nesse domingo (7), ela cozinhou 100 pratos da iguaria e montou uma barraquinha próxima ao Centro Educacional Edgard Santos, um dos colégios eleitorais do bairro do Garcia. Até o início da tarde, a empresária tinha vendido 30 pratos a R$ 15 cada. A expectativa é colocar no caixa R$ 1.500 até o final do dia. "Com certeza volto pra casa com a panela vazia. Toda eleição eu faturo bem. Gosto muito de vender minha feijoada nas eleições porque as vendas são sempre muito boas", afirmou Jaciara.

Denise Andrade, 34 anos, trabalha como vendedora ambulante todos os dias. Nesse domingo, ela chegou às 6h na porta da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, na Federação, para montar sua barraquinha de lanches. Queria lucrar com a fome dos eleitores desde cedo e não economizou com as mercadorias. Ela colocou à disposição dos clientes 100 unidades de salgados, 10 caixas de refrigerante, outras 20 de cerveja, além de água e café. "Na eleição passada, eu vendi bastante. Se ficar em casa, é prejuízo, porque os parentes chegam. Aqui eu tô ganhando. Vou pegar essa grana extra e guardar para uma hora de dificuldade", disse Denise, que se planejou para votar perto do encerramento das eleições. "Vou ficar vendendo até 16h e aí vou guardar tudo pra ir votar", completou. A vendedora ambulante Denise Andrade planeja fazer uma poupança com os lucros desse domingo (Foto: Daniela Leone/CORREIO) O vendedor de cocos Genilson Silva, 58 anos, também optou por trabalhar no domingo de folga, mas não contava com a chuva que caiu em Salvador. Ele costuma vender 50 cocos por dia em frente ao Colégio Vieira, no Garcia. Na expectativa de lucrar um pouco mais com a movimentação no local de votação, colocou 120 unidades no isopor, mas, até o início da tarde, só havia vendido 30 cocos. "A chuva atrapalhou muito. Era pra estar um sol torrando, porque aí não ia dar coco pra quem quisesse. A gente faz um plano e Deus outro, mas como ainda tem a tarde, estou otimista que o sol saia e as vendas melhorem", afirmou. A chuva atrapalhou as vendas de Genilson Silva (Foto: Daniela Leone/CORREIO) A chuva não desanimou o vendedor Yago Santos, 25 anos. No gogó, ele tentava convencer os clientes a comprarem água, cerveja e cigarro em frente à Universidade Católica de Salvador, na Federação, um dos colégios eleitorais mais movimentados da capital baiana. "Tô metendo dança e estimulando as pessoas. As vendas estão ótimas pra mim. É uma questão de saber vender", afirmou o vendedor, que dava aos eleitores a opção de molhar a garganta pagando em dinheiro ou com cartão de débito. Yago Santos até dançou para vender cerveja na porta de um colégio eleitoral na Federação (Foto: Daniela Leone/CORREIO) Micheli dos Anjos, 29 anos, escolheu o mesmo local para vender churrasquinho, mas ao invés de dançar na chuva, abrigou a chapa quente no ponto de ônibus e esperou a clientela ser atraída pelo cheiro da fumaça. Nas opções carne ou frango, cada espetinho saía a R$ 1. "É a primeira vez que eu vendo nas eleições e tá sendo bom, tô gostando das vendas", avaliou a ambulante, que levou 300 unidades e antes do meio dia já havia vendido mais da metade.   Micheli dos Santos faturou com a venda de churrasquinhos (Foto: Daniela Leone/CORREIO) O movimento nos bares e restaurantes do Largo de Santana, no Rio Vermelho, estava moderado até o começo da tarde. Com a experiência de quem trabalha no local há 19 anos, a gerente Maria das Dores, 68 anos, está certa de que o restaurante onde trabalha vai lotar até o final da tarde. "Aqui sempre bomba nas eleições e espero que continue bombando. O pessoal começa a vir a partir das 14h pra ficar acompanhando o resultado nos nossos televisores", projetou.   Movimento no Largo de Santana deve aumentar no final da tarde (Foto: Daniela Leone/CORREIO) [[publicidade]]