Bailinho ao som de orquestras inaugura Carnaval no Rio Vermelho

Até domingo, frequentadores e moradores do bairro mais boêmio de Salvador vão poder aproveitar de um carnaval diferenciado

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 1 de março de 2019 às 20:35

- Atualizado há um ano

Um encontro de gerações com cara de bailinho. Foi com esse clima que o Rio Vermelho inaugurou o seu primeiro Carnaval oficial. A festa – marcada para às 15h – começou com atraso, mas nem isso tirou o brilho e a animação das crianças que abriram o espaço com a apresentação do Espaço Musical e da cantora mirim Manuela Alves Dourado, 9 anos, a Manu, que aproveitou o espaço para falar do trabalho realizado pelo Instituto de Cegos da Bahia.  O pôr do sol foi marcado com a apresentação da Orquestra do maestro Zeca Freitas que colocou foliões de todas as idades para dançarem ao som de clássicos do cancioneiro popular como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, Moraes Moreira, mas não se furtou deem apresentar releituras de novas expressões como Anitta. A orquestra do Maestro Paulo Primo deu continuidade ao baile e a Orquestra Afrosinfônica encerrou a programação da noite com uma convidada especial: a cantora Márcia Castro. De acordo com a representante da Prefeitura Ângela Lomanto, a experiência no Rio Vermelho é mais uma alternativa para os frequentadores do bairro que podem desfrutar de um carnaval mais alternativo, mas não menos contemporâneo. “Se o público aprovar, a tendência é que essa proposta se repita nos próximos anos como mais uma opção”, completou. O Carnaval do Rio Vermelho prosseguirá até domingo, tendo início sempre às 15 horas e término previsto para às 22h. Hoje(02), a folia começa ao som do grupo Casinha de Brinquedo, seguido das orquestras dos maestros Zeca Freitas, Sérgio Benutti e Fred Dantas – que terá como participação especial a cantora Juliana Ribeiro. A folia no bairro mais boêmio da cidade termina com a apresentação da dançarina Lore Improta com o Show da Lore. Em seguida, comandam a festa as orquestras Sérgio Benutti, Fred Dantas e Paulo Primo, com a participação especial do cantor Gerônimo Santana. "Vivemos um momento artístico interessante em Salvador, no qual surgem novos grupos e compositores de todo canto. Nós, que fazemos parte dos que conservam o legado da música popular, achamos que dá para conviver com a modernidade, deixando o conteúdo sensual para os novos artistas, enquanto cuidamos dos sucessos atemporais. Nossa intenção é tocar o coração da sociedade, de quem sabe que música de qualidade não tem idade", destaca Paulo Primo. Aproveitando as férias em família, a aposentada Gilvanilda Santos, 62, levou a neta para brincar no Rio Vermelho e se disse encantada com a Orquestra de Zeca Freitas por conseguir integrar as gerações com tanta naturalidade e beleza. “Essas são as canções que as crianças ouvem em casa e a apresentação possibilita que pais filhos e avós possam dançar e curtir juntos”, completou. O adendo feito ao Carnaval do Palco das Orquestras foi em relação ao horário de início. “O sol ainda está muito quente e as crianças sentem por isso.  Se a primeira atração entrasse à partir das 17 horas, teríamos uma participação e uma presença muito maiores”, completou. O clima de bailinho seduziu também a professora Eloá Bastos, 34. “É um clima muito tranquilo e gostoso que possibilita aproveitar de um Carnaval  mais dançante e familiar”, afirmou. A assistente de Recursos Humanos Lívia Souza, 30, destacou a acessibilidade do Rio Vermelho como um dos pontos positivos da iniciativa. “Fica fácil para todo mundo e foge da confusão do circuito da folia”, comentou.  A baiana de acarajé Elaine Cristina Tavares também comemorou a iniciativa. “Isso aqui no Carnaval fica um deserto. Agora está vivo, movimentado e feliz”, comemorou. Elaine aproveitou para levar as duas filhas, de 9 e 11 anos, para aproveitarem um bailinho de carnaval quase dentro do espaço de trabalho da mãe.