Bell Marques canta antigos sucessos e anima multidão em Periperi

O artista subiu ao palco às 20h20, dando início à festa com a música Se Me Chamar, Eu Vou

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  • Thais Borges

Publicado em 30 de março de 2019 às 21:50

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/ CORREIO

Com a chuva, as amigas Aline Melo, 40 anos, e Deise Neves, 34, chegaram a pensar duas vezes: quase desistiram de ir ao show de Bell Marques na Praça da Revolução, em Periperi, na noite de ontem. Mas só por um segundo. No fundo, as duas sabiam que não podiam deixar de ver Bell e Solange Almeida se apresentarem tão perto de casa - elas moram em Plataforma.

“Sou fanática por Bell desde novinha. Me apaixonei desde a primeira vez que o vi na televisão, quando tinha 13 anos”, explicou Deise. De lá para cá, foram mais de 20 Carnavais atrás do trio de Bell, sempre na pipoca. Com Solange, por outro lado, foram menos oportunidades. “Só a vi uma vez, no Parque de Exposições, quando ainda estava no Aviões do Forró. Estava tão cheio que nem consegui aproveitar”, contou Aline. Diante de tanta expectativa, as duas encararam o aguaceiro de ontem. Multidão lota praça da Revolução (Foto: Arisson Marinho/ CORREIO) Mas não foram só os fãs que estavam comemorando o show em Periperi. Completando 40 anos de carreira em 2019, Bell estava radiante por voltar ao bairro. Ao CORREIO, contou que não tocava lá há anos. “Tenho uma relação muito antiga com Periperi. Já fiz muitos shows aqui e já vim ver muitos shows aqui.  Quando eu soube que vinha para Periperi, falei: ‘Que maravilha’. Fiquei muito, muito feliz”, explicou. O artista subiu ao palco às 20h20, dando início à festa com a música Se Me Chamar, Eu Vou.

No repertório, vieram, ainda, sucessos próprios como Diga Que Valeu; Cara Caramba, Sou Camaleão e Minha Deusa/Cabelo de Chapinha. Para completar a folia, ainda interpretou hits de outros artistas - a exemplo de Erva Venenosa, de Rita Lee, e Tô de Boaça, canção de Rafa e Pipo Marques, seus filhos.

“Que bom que me escolheram para Periperi”, derreteu-se o cantor. A chuva também não abalou a técnica em enfermagem Janísia Conceição, 35. Ao lado das amigas Alexandra Ferreira, 36, e Silvana Costa, 40, vestia uma camisa com a foto e o nome de Bell. Também moradoras de Plataforma, foram das primeiras a chegar na praça.

“Eu nem acreditei quando vi que ele ia tocar aqui na Suburbana. Fiquei ‘alegrona’. Pedi até para me beliscarem”, brincou. Silvana, com uma capa de chuva, protegia um curativo para o acesso da hemodiálise. “Eu fiz hoje mesmo, mas não tinha como não vir. Nem cogitei não vir, mesmo com a chuva. Deixa só ele entrar, que vai esquentar isso aqui”, garantiu. Fãs carregam faixas em homenagem ao artista (Foto: Arisson Marinho/ CORREIO) De fato, bastou o cantor entoar as primeiras notas e a chuva deu uma trégua. Já a dona de casa Delane Araújo, 35, estava mesmo toda feliz por poder ver os artistas pela primeira vez, a poucos metros de casa. Moradora do Cruzeiro, em Periperi, ela conseguiu ir com os dois filhos: Camile, 13, e Lucas, 5.

“Somos fãs de Bell e Solange, por isso é maravilhoso ter os dois aqui na praça. Dá para curtir entre mãe e filhos, trazer os dois com segurança e ainda voltar para casa tranquila”, comentou. Camile, a filha, esperava conseguir tirar uma foto de Bell. “Ele é tudo de bom, a música dele é maravilhosa. Mas até hoje só tinha visto pela televisão”.

Carregando faixas com fotos do cantor, um grupo de amigas do fã-clube As Minas chegou cedo para ficar juntinho da grade. Explicaram: onde Bell vai, o grupo vai atrás. “Mas é a primeira vez que vou para um show dele no Subúrbio. Amo de paixão. Deixei os três filhos, incluindo um bebê de um ano, e o marido em casa para vir”, disse a auxiliar administrativa Deya Oliveira, 38, que mora em Periperi. Assim como ela, a nutricionista Binha Reis, 38, é fã do cantor há 25 anos.

Para acompanhá-lo com o fã clube, já passou por poucas e boas. “Até acidente já sofri, voltando de acidente depois de ir para show dele. Mas continuo aqui”, diz, feliz, apontando para uma cicatriz no pescoço. “A gente acaba fazendo parte de uma família Bellzeira, que se encontra sempre nas festas”, explicou a massoterapeuta Rebeca Lima, 22.