Blogueira de Salvador relata agressão de ex: 'Quebrou os óculos no meu rosto'

Juliana Feroldi também expôs vídeos onde aparece sendo agredida

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  • Thais Borges

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 18:20

- Atualizado há um ano

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Blogueira usou seu Instagram para relatar histórico de agressão  (Foto: Divulgação) “Não dá para crer que quem beija, abraça e vibra também agride, machuca”. A frase é da blogueira paranaense que mora em Salvador Juliana Feroldi e foi dita em meio a um longo desabafo publicado em suas redes sociais, entre a noite de segunda-feira (5) e a madrugada desta terça-feira (6). Aos seus mais de 670 mil seguidores, ela narrou episódios de abuso psicológico e violência física, cometidos, segundo ela, por seu ex-marido, o empresário Francisco Peltier.

Juliana diz que foi vítima de agressão durante os 10 anos de casamento. Com a revelação, a blogueira passou a fazer parte do contingente de baianas que, todos os dias, denunciam violações pelo fato de serem mulheres. Na Bahia, 67 processos de violência contra a mulher são abertos diariamente. 

Ela ainda faz parte de outro grupo: mulheres abastadas que estão, aos poucos, quebrando o silêncio. De acordo com especialistas, mulheres de classe mais alta costumam não denunciar violações sofridas por medo de exposição. “Sempre, nesses 10 anos, existiram conflitos, ameaças, agressões psicológicas, mas nunca havia sido como foi naquela noite. De maneira desumana, sem eu ter para onde correr, para quem pedir socorro”, publicou Juliana. A primeira agressão física, porém, foi em novembro do ano passado. Na época, as câmeras de segurança do prédio onde moravam registraram parte da violência. Nas imagens, divulgadas por Juliana em seu perfil no Instagram, o ex-marido bate na blogueira dentro do elevador. Depois, duas pessoas – uma delas, o filho da blogueira, de acordo com o relato – tentam impedir que a violência continue.

“Nesse momento, ele, após me bater, entrou na casa e começou a agredir meu filho. (...) Eu não consegui entrar em casa para defender meu próprio filho, pois já tinha apanhado tanto que resolvi chamar a polícia. Tive o azar dele escutar eu ligando (sic), veio pela porta da cozinha e quebrou o telefone na minha cabeça, começou a me sufocar. Vini partiu para cima e Lu (secretária aqui de casa). Aí ele me soltou e desceu pelo no elevador”, descreveu, na rede social. 

Visualizar esta foto no Instagram.Esse é o segundo momento da agressão, segundo que as câmeras pegam, pq eu apanhei bem mais e tiveram locais que não tem a filmagem. Nesse momento, ele após me bater, entrou na casa e começou agredir meu filho ( exatamente o que eu disse: agredir meu filho ) e eu não consegui entrar em casa para defender meu próprio filho, pois já tinha apanhado tanto que resolvi chamar a polícia. Tive o azar dele escutar eu ligando, veio pela porta da cozinha e quebrou o telefone na minha cabeça, começou me sufocar. Vini partiu p cima dele e Lu ( secretária ) aqui de casa. Aí ele me soltou e desceu pleno no elevador. Para o destino que ele mais gosta na vida. Vejam no vídeo 2 se ele sabia ou não sabia o que estava fazendo

Uma publicação compartilhada por JULIANA FEROLDI (@julianaferoldi) em 5 de Nov, 2018 às 11:46 PSTEm seu relato, Juliana conta também que reatou o casamento após as agressões, quando o ex pediu perdão e colocou a culpa na bebida. Um ano depois, porém, uma nova situação de violência doméstica fez com que o relacionamento fosse rompido definitivamente. Segundo a blogueira, a briga foi motivada por ela ter votado em um candidato à presidência da República diferente do que ele votaria. “Ele começou a me chamar de burra, mirou o carro contra o poste e disse que bateria o meu lado. Sim, ele dirige bêbado. Um casal de amigos elogiou meus óculos no almoço, sabem o que ele fez? Quebrou os óculos no meu rosto”, escreveu. Ainda na sequência de postagens, Feroldi diz que decidiu contar sua história para incentivar que outras mulheres não passem por violências parecidas. “Para que vocês não percam uma vida enganadas, sofrendo”, afirmou. 

O CORREIO procurou Juliana, mas ela não atendeu às ligações. 

Outro lado Procurado pelo CORREIO, o advogado de Francisco Peltier, Fernando Santana Rocha, informou que não comentaria o caso. Segundo ele, o assunto é “tão velho quanto o mundo”. “A única coisa que posso dizer é que é coisa velha, do tempo da onça. Esses vídeos e fotos que foram divulgados estão em um processo há mais de um ano. Eu não costumo me manifestar sobre processos por questão ética”, afirmou, por telefone. 

O advogado disse que não tinha conhecimento quanto ao último episódio narrado por Juliana, que teria acontecido após as eleições presidenciais, em outubro. “Não é do meu conhecimento enquanto ele não me procurar”, completou. 

Francisco Peltier não foi localizado pela reportagem.  Juliana Feroldi e Francisco Peltier foram casados por 10 anos (Foto: Marcelo Machado/Divulgação) Mulheres ricas denunciam menos Uma tese de doutorado que foi defendida no Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (Neim) da Universidade Federal da Bahia (Ufba) mostrou a realidade de mulheres como Juliana: vítimas de classe média ou classe alta que têm dificuldade de denunciar seus agressores. 

A pesquisadora do núcleo e coordenadora do Observatório da Lei Maria da Penha, Márcia Tavares, pontua que a figura feminina muitas vezes é colocada em segundo plano nesse meio social."Elas têm receio de serem desacreditadas, já que seus companheiros geralmente são pessoas de reconhecimento público, consideradas pessoas importantes. A figura da mulher é secundarizada", diz. Além disso, elas têm medo de que as pessoas que são referências sociais se afastem delas. "Só chegam a denunciar quando a vida é ameaçada mesmo. De modo geral, recorrem a outras estratégias, como terapia de casal, viagens após cada episódio (de violência)". 

De fato, de acordo com a delegada Heleneci Nascimento, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Brotas, onde a ocorrência foi registrada, ainda é menos comum que mulheres de classes sociais mais altas denunciem. Primeiro porque, segundo ela, essas vítimas costumam dispor de outros meios de defesa, como advogados particulares. 

“Elas não gostam muito da exposição. Há uma certa resistência de envolver família, mas essa coisa está se quebrando. Hoje, temos mais mulheres conscientizadas, algumas inclusive procurando ajuda psicológica. Temos visto atrizes se manifestando... Isso repercute”, opina. 

Para Heleneci, o fato de que mulheres denunciem em redes sociais também pode ajudar que outras vítimas de violência criem coragem para acionar a polícia. “Elas (as outras) se sentem mais empoderadas para buscar ajuda. A divulgação dá força a outras mulheres, mas também é preciso recorrer ao meio judicial para que o agressor seja responsabilizado”. 

Denúncia nas redes sociais cresce É cada vez mais comum que mulheres utilizem as redes sociais para denunciar agressões, segunda aponta a coordenadora do Observatório da Lei Maria da Penha, Márcia Tavares.“É uma forma de se sentir resguardada. É como se elas dissessem: ‘se acontecer algo comigo, todo mundo vai saber que foi você’, coisa que não acontecia antes porque as mulheres, quando sofriam algum tipo de agressão ou mesmo feminicídio ficava por isso mesmo”. 

Em 2015, as campanhas simbolizadas pelas hashtags #PrimeiroAssédio e #MeuAmigoSecreto fizeram com que milhares de vítimas de situações machistas decidissem publicá-las. 

“Na época do #PrimeiroAssédio, aumentou, em 40%, o número de denúncias de violência contra a mulher. É fundamental que as mulheres se entendam sem se sentir culpadas e isso dá margem de fazer coisas positivas”, diz a doutoranda Josemira Reis, pesquisadora do Grupo de Gênero, Tecnologias Digitais e Cultura (Gig@), da Universidade Federal da Bahia (Ufba). 

Nesse contexto, as redes sociais surgem como uma forma de dar voz a quem ficou em silêncio por muito tempo. Além disso, é possível encontrar uma corrente de apoio nesses locais. No entanto, as redes sociais são espaços privados – que, por sua vez, pertencem a grupos que não impedem outros tipos de violência típicos de ambientes virtuais (como o chamado ‘revenge porn’). 

 “A violência nos acompanha a todo momento. Existem muitas mulheres que estão sendo incriminadas, processadas pelos materiais que produzem em redes sociais. Nesse sentido, é importante que elas tenham cuidado quando forem divulgar informações. É indicado que busquem redes mais fechadas. Essas redes têm todo tipo de pessoa. O ideal é que, primeiro, não cite nomes, não divulgue informações”, diz a pesquisadora, ressaltando que existem situações em que a vítima pode ser aconselhada juridicamente a tornar esse tipo de informação pública. 

As mulheres costumam ser desacreditadas, na sociedade, segundo a pesquisadora. Isso faz com que muitas deixem de fazer a denúncia, porque acabam sento vitimizadas mais de uma vez.“E é necessário que a mulher não sofra uma terceira violência, que ainda é ser processada juridicamente pelo que está produzido. A internet não é uma terra de ninguém”. Leia o relato de Juliana na íntegra:

"Olá! Estão lembradas que há alguns dias venho falando para vocês que estava quieta, pensativa, tomando decisões sérias para minha vida? Pois é, quem acompanha aqui faz tempo sabe que até ano passado eu era casada, postava ele aqui, etc... e muitas seguidoras até assustaram-se porque do nada eu apareci separada. 

Sempre, nesses 10 anos, existiram conflitos, ameaças, agressões psicológicas, mas nunca havia sido como foi naquela noite. De maneira desumana, sem eu ter para onde correr, sem eu ter para quem pedir socorro, e o pior, sem eu esboçar qualquer reação. Fui socorrida pelo meu filho, que também foi agredido por ele. Sabe o que ele me fez depois de me agredir? Foi se consolar nos braços de uma prostituta numa boate aqui de Salvador chamada Platinum. No outro dia, meu coração doía mais que meu corpo cheio de chutes e murros que ele havia dado. Assim que amanheceu, liguei para @nanda_mgewehr, que é advogada e amiga, e por indicação dela constitui um advogado. Fui na delegacia da mulher, fiz exame que comprovaram as agressões e pedi uma medida protetiva (isso ano passado, meninas, quando me separei). E nunca mostrei nada ou contei. 

Mas Deus é bom! As câmeras capturaram as imagens e eu tive acesso. Vini acordou e ele quebrou o telefone na minha cabeça e começou a me sufocar. Vini partiu para cima dele para me defender. 

Tentei postar, mas os vídeos cortaram, então só tem dois lá no feed. Não quero que pareçam editados. Pois minha intenção é única: mostrar a verdade. Continuando... Ocorreu tudo isso ano passado, não estou ferida ou agredida nesse momento. Estou escrevendo porque não consigo falar. Aí o tempo passou, eu fui me refazendo, sofri muuuito. Vocês podem achar que não, mas não é meu feitio me fazer de coitadinha. Eu encarei a dor e fiquei no trabalho. Vocês até falavam: nossa! Você só trabalha. 

Dizem que o tempo cura as feridas, né? E sabe que cura mesmo? Ele foi se chegando, me pedindo perdão, chorado, prometendo o mundo. Sabem o que eu fiz? VOLTEI, exatamente, voltei o casamento. Não postei aqui para vocês porque ele enquanto separados aproveitou bem da faminha que ele tinha aqui e se relacionou com seguidoras. Aí pensei: vou tentar mais uma vez e não vou expor. 

Nós voltamos! Pedi ajuda de um psiquiatra no tratamento dele com o álcool.Sim! Porque, segundo ele não foi ele que me bateu, que bateu no Vini, que saiu com prostitutas. Quem fez e faz isso é o álcool.  Eu querendo família, pensei: o cara é bom, só tem um defeito, que é a bebida, vou ajudá-lo. Começou a ir no psiquiatra. Mudamos a rotina da casa para ver se ele conseguiria. Mas não adianta, gente. É como o psiquiatra me disse: a pessoa tem que querer e ele não quer. No dia que o Dr Luiz Fernando (psiquiatra) me chamou lá e disse isso eu chega caí do degrau, saindo de lá de tristeza. 

Resumo: nessas tentativas de ajudá-lo,  me tornei a maior vítima dele e da família (sim, os poderosos Odebrecht), que me excluíram do mundo após eu ter feito a ocorrência da Lei Maria da Penha. A mamãe e o papei de coroa de 49 anos queriam que eu apanhasse caladinha. Eu inclusive acho que Chico pediu pra voltar só para eu não ir pra audiência (eu não fui).Vocês acreditam que passei a me sentir culpada por tê-lo denunciado? O advogado da minha separação eu nem dei notícias pra ele e voltei o casamento. Para meus pais... menti, menti que não tinha voltado. E aí, gente, veio o retorno, as consequências de não ter seguido em frente e posto esse cara para pagar pelo que ele fez. Ele fez novamente! Isso aí, o cara que eu parei minha vida um ano para cuidar dele com câncer,, o cara que eu dormi todas as noites sentada numa cadeira de hospital. O cara que, durante a quimio, bebeu a quimioterapia toda e me agredia porque eu pedia pelo amor de Deus para não beber. Esse cara que fala que me ama. Que vocês que conhecem falam que me olha com cara de apaixonado fez tudo novamente. 

Dessa vez a briga começou porque eu votei para presidente oposto ao voto dele. Aí ele começou a me chamar de burra, no caminho para casa mirou o carro contra o poste e disse que bateria o meu lado. Sim, ele dirige bêbado. A polícia já pegou várias vezes, mas eles pagam $$ e tudo passa... Um casal de amigos elogiou meu óculos no almoço, sabem o que ele fez? Quebrou os óculos no meu rosto. Só isso! Que amor, né, gente! Por que eu postei isso? Vingança? Mágoa? Dor? Raiva? Tristeza? Não, para que vocês não percam uma vida enganadas, sofrendo. Comecei meu casamento com Chico com 24 anos, hoje tenho 35 anos, foi uma vida... Uma vida que passei noites em claro esperando ele chegar das prostitutas e bares, uma vida que passei ele sumindo e eu indo até em hospital procurar. Pra vocês terem ideia, eu perdoei ele ter transado com minha melhor amiga na época, Keyla. Tudo pela família! Mas a segunda agressão eu não vou perdoar. 

Esse desabafo é para que vocês não julguem: quem vê cara não vê atitudes. Eu sou uma pessoa do bem, quem me conhece sabe que não mereço isso, ninguém merece. Vou mostrar pra vocês que, com essa crise da Lava Jato, emprestei 200 mil reais para esse cara. Ou seja: lindas, não tava com ele por grana. Tava com ele por sentimento, pela vontade que tenho de ter filhos. Não deixem que seus desejos as tornem vítimas. E tem mais. Depois de me agredir, viajou para Petrolina e vejam o que minha seguidora mandou. 

Isso não é lavar roupa suja. Isso é mostrar que nem sempre as pessoas ficam por dinheiro. 

Uma vida de traições é problema de cada uma que aceita né? Mas agressão não. 

Acho que deu pra entender. Resumo: sempre me agrediu nesses 10 anos, porém a agressão física de machucar mesmo foi no ano passado. Separamos, voltamos, me agrediu novamente, culpou a bebida e foi refletir lá em Petrolina, enquanto eu me sentia culpada, na necessidade de ajudar Deus é tão bom que a seguidora viu, tirou foto e mandou. @cibellemo que trabalha comigo é psicóloga e me ajudou muito a ver o que eu nunca tinha parado para pensar o quanto fui agredida não só fisicamente, mas psicologicamente. 

E antes que as malvadas falem que apanhei porque fiz algo, mesmo não justificando, eu não fiz, tá. 

Não sou contra o término de uma relação. Não acho que as pessoas devam ficar numa relação falida por motivo nenhum (medo, conforto, amor), mas sou contra a humilhação, a agressão. Esses dias, Chico me disse: "você tem tudo, trabalha porque quer, te coloquei debaixo da asa da galinha. Fique bem caladinha". Inclusive nos vídeos que postei estão sem som porque as câmeras não captam, mas se vocês observarem atentas, vão ver que ele fala exatamente a frase que citei acima, dando de dedo no meu rosto. Será que eu tinha tudo, meninas? Será mesmo? 

São momentos como esse que te fazem voltar, perdoar.Você acha que foi a culpada e, que, se você mudar, a pessoa mudará. E muitas vezes ela te proporciona momentos felizes para compensar a merda de vida que ela te causa. E não é nada disso! A pessoa é o que é. E você não tem culpa. Na espiritualidade, tudo tem um motivo, as vezes não entendemos. Fiquei arrasada por não ter conseguido levar a gestação para frente. Mas imaginem agora um bebê nesse sofrimento. 

Não dá pra crer que quem beija, abraça, vibra, também agride, machuca. Essa foi uma surpresa que fiz no niver dele, em Paris. Você meio que se culpa e busca uma perfeição para ver se a pessoa para. 

Mas por mais que você tente ser perfeita, você acha números de garotas de programa na maior naturalidade no celular do marido e se você reclama, toma porrada. Isso nos deixa como lixo humano. Quem já sofreu sabe do que me refiro. 

Nesse dia, estávamos em Arraial, na casa de amigos e eu mais uma vez fazendo uma tentativa para engravidar e comecei a perder sangue.  Eu arrasada, não entendia porque, mais uma vez, mais uma FIV não tinha dado certo. Ele me consolava e eu chorava. 

Mas poucos dias depois, eu ainda sangrando e arrasada por não ter conseguido levar em frente mais uma gestação,  o mesmo cara que me abraçava  fez isso no meu óculos e anel.  E eu no dia seguinte procurava me culpar e culpar a bebida dele para recomeçar. 

Meu pai quando viu os vídeos da agressão ficou assim (foto do pai hospitalizado).  Por isso quando eu voltei, menti para minha família que não voltei. Vergonha. 

Esse vídeo foi ele com as alianças na frente dos nossos amigos me pedindo para voltar o casamento. Se u estava feliz? Sim! Quero família, filhos, nossa! A aliança que eu amava usar. Mas aconteceu novamente. 

Não me culpo por ter insistido. Acho que as pessoas estão desistindo muito fácil. Achei que fui até onde suportei e achei que deveria ir. Minha vontade seria gritar, chorar, falar o que eu senti, as noites e dias que chorei e choro. Às vezes, vocês falavam: nossa, tá magrinha, os dias que não bebi nem água de tanta dor e tristeza. Mas basta, agora quero justiça e que nenhuma pessoa passe mais por isso".

Veja onde buscar ajuda em casos de violência doméstica

Cedap (Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa) – Atendimento médico, odontológico, farmacêutico e psicossocial a pessoas vivendo com HIV/AIDS. Endereço: Rua Comendador José Alves Ferreira, nº240 – Fazenda Garcia. Telefone: 3116-8888. 

Cedeca (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan) – Oferece atendimento jurídico e psicossocial a crianças e adolescentes vítimas de violência. Endereço: Rua Gregório de Matos, nº 51, 2º andar – Pelourinho. Telefone: 3321-1543/5196. 

Cras (Centro de Referência de Assistência Social) – Atende famílias em situação de vulnerabilidade social. Telefone: 3115-9917 (Coordenação estadual) e 3202-2300 (Coordenação municipal) 

Creas (Centro de Referência Especializada de Assistência Social) – Atende pessoas em situação de violência ou de violação de direitos. Telefone: 3115-1568 (Coordenação Estadual) e 3176-4754 (Coordenação Municipal) 

Creasi (Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso) – Oferece atendimento psicoterapêutico e de reabilitação a idosos. Endereço: Avenida ACM, s/n, Centro de Atenção à Saúde (Cas), Edifício Professor Doutor José Maria de Magalhães Neto – Iguatemi. Telefone: 3270-5730/5750. 

CRLV (Centro de Referência Loreta Valadares) – Promove atenção à mulher em situação de violenta, com atendimento jurídico, psicológico e social. Endereço: Praça Almirante Coelho Neto, nº1 – Barris, em frente a Delegacia do Idoso. Telefone: 3235-4268. 

Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) – Em Salvador, são duas: uma em Brotas, outra em Periperi. São delegacias que recebem denúncias de violência contra a mulher, a partir da Lei Marinha da Penha. Deam Brotas – Rua Padre José Filgueiras, s/n – Engenho Velho de Brotas. Telefone: 3116-7000. Deam Periperi – Rua Doutor José de Almeida, Praça do Sol, s/n – Periperi. Telefone: 3117-8217. 

Deati (Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso) – Responsável por apurar denúncias de violência contra pessoas idosas. Endereço: Rua do Salete, nº 19 – Barris. Telefone: 3117-6080. 

Derca (Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente) Endereço: Rua Agripino Dórea, nº26 – Pitangueiras de Brotas. Telefone: 3116-2153. 

Delegacias Territoriais – São as delegacias de cada Área Integrada de Segurança Pública. Segundo a Polícia Civil, os estupros que não são cometidos em contextos domésticos devem ser registrados nessas unidades. Em Salvador, existem 16 (http://www.policiacivil.ba.gov.br/capital.html). 

Disque Denúncia – Serviços de denúncia que funcionam 24 horas por dia. No caso de crianças e adolescentes, o Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos oferece o Disque 100. Já as mulheres são atendidas pelo Disque 180, da Secretaria de Políticas Para Mulheres da Presidência da República.

Fundação Cidade Mãe – Órgão municipal, presta assistência a crianças em situação de risco. Endereço: Rua Prof. Aloísio de Carvalho – Engenho Velho de Brotas. 

Gedem (Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher do Ministério Público do Estado da Bahia) – Atua na proteção e na defesa dos direitos das mulheres em situação de violência doméstica, familiar e de gênero. Endereço: Avenida Joana Angélica, nº 1312, sala 309 – Nazaré. Telefone: 3103-6407/6406/6424. 

Iperba (Instituto de Perinatologia da Bahia) – Maternidade localizada em Salvador que é referência no serviço de aborto legal no estado. Endereço: Rua Teixeira Barros, nº 72 – Brotas. Telefone: 3116-5215/5216. 

Nudem (Núcleo Especializado na Defesa das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar da Defensoria Pública do Estado) – Atendimento especializado para orientação jurídica, interposição e acompanhamento de medidas de proteção à mulher. Endereço: Rua Pedro Lessa, nº123 – Canela. Telefone: 3117-6935. 

Secretaria Estadual de Políticas Para Mulheres - Endereço: Alameda dos Eucaliptos, nº 137 – Caminho das Árvores. Telefone: 3117-2815/2816. 

SPM (Superintendência Especial de Políticas para as Mulheres de Salvador) – Endereço: Avenida Sete de Setembro, Edifício Adolpho Basbaum, nº 202, 4º andar, Ladeira de São Bento. Telefone: 2108-7300. 

Serviço Viver – Serviço de atenção a pessoas em situação de violência sexual. Oferece atendimento social, médico, psicológico e acompanhamento jurídico às vítimas de violência sexual e às famílias. Endereço: Avenida Centenário, s/n, térreo do prédio do Instituto Médico Legal (IML) Telefone: 3117-6700. 

1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar – Unidade judiciária especializada no julgamento dos processos envolvendo situações de violência doméstica e familiar contra a mulher, de acordo com a Lei Maria da Penha. Endereço: Rua Conselheiro Spínola, nº 77 – Barris. Telefone: 3328-1195/3329-5038.