Bolsonaro: 'Não vou mais para Antártida, tenho viagem a Davos e emendo com a Índia'

O plano de viagens para o ano que vem, segundo o presidente, são viagens com foco nas relações comerciais do Brasil

Publicado em 20 de dezembro de 2019 às 22:10

- Atualizado há um ano

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (20), que cancelou sua viagem para a Antártida por "recomendação médica" e citou outras viagens previstas em 2020. "Eu tenho uma viagem longa para Davos e vou emendar a Índia. Talvez, visitemos mais um país", disse.

O plano de viagens para o ano que vem, segundo o presidente, são viagens com foco nas relações comerciais do Brasil. "São viagens que interessam para o comércio do Brasil. São raros os países que não querem ter esse tipo de contato conosco", afirmou. O presidente se disse honrado pelo convite do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e que vê a viagem como uma boa oportunidade. "A Índia está na casa de 1,3 bilhões de habitantes e é um mercado enorme. Talvez possamos anunciar aquela isenção da reciprocidade dos vistos para indianos também, como está bastante avançados a questão na China. São países que têm seus ricos lá e nós queremos que essas pessoas venham gastar seu dinheiro aqui", declarou. O presidente indicou ainda que existem "várias" negociações de encontros bilaterais no âmbito de Davos Hoje o presidente mencionou ainda a possibilidade de uma viagem no início do ano para os Estados Unidos. Bolsonaro afirmou ter conversado nesta tarde com Donald Trump e convencido o presidente norte-americano a voltar atrás na decisão de sobretarifar o aço e alumínio brasileiro. "Quando converso com Trump, parece mais do que dois chefes de Estado", disse. O presidente deixou claro que o relacionamento com os Estados Unidos "nunca esteve estremecido". Bolsonaro aproveitou ainda para citar a sua decisão de derrubar o decreto que proibia a produção de cana na Amazônia como uma justificativa para incentivar o desenvolvimento na região e prevenir ações internacionais. "Aquela região (da Amazônia) é muito rica, se nós a abandonarmos mais cedo ou mais tarde poderemos ter novos países lá", disse.