Bolsonaro volta a justificar ausência na Bahia e diz que haveria gasto do cartão corporativo

Presidente também criticou ajuda Argentina: "Que ajuda é essa? Dez homens"

  • D
  • Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2021 às 22:47

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a tentar justificar sua ausência na Bahia, onde fortes chuvas já deixaram mais de 20 mortos, e disse que haveria gasto do cartão corporativo caso ele fosse sobrevoar as regiões atingidas pelas enchentes. "Se eu vou, criticam. Se eu não vou, criticam", declarou o chefe do Palácio do Planalto, em transmissão ao vivo nas redes sociais. Ele acrescentou que tem "interagido" com o governo do Estado desde que os temporais começaram. O presidente também voltou a comentar o motivo de ter recusado a ajuda humanitária oferecida pela Argentina às vítimas das chuvas nas cidades baianas. "Que ajuda é essa? Dez homens", afirmou Bolsonaro. O governo de Alberto Fernández ofereceu enviar ao Brasil dez "capacetes-brancos", que atuam em operações de socorro. Segundo o presidente, o País tem gente suficiente para auxiliar na emergência causada pelas chuvas. Bolsonaro disse que aceitou a ajuda oferecida pelo Japão à Bahia, apesar de negar o apoio da Argentina, porque o governo japonês enviou materiais como barracas de acampamento, colchonetes, cobertores, lonas plásticas, galões plásticos e purificadores de água. "Se Argentina tiver outra coisa para oferecer, eu agradeço ao Alberto Fernández", disse Bolsonaro. O presidente sugeriu que os países da América do Sul recebam, por exemplo, venezuelanos que estão no Brasil. Bolsonaro está desde segunda-feira, 27, em São Francisco do Sul (SC), onde deve passar o réveillon. Criticado pela recusa em interromper as férias em meio à emergência causada pelas fortes chuvas na Bahia, o presidente tem reunido apoiadores na praia enquanto anda de motoaquática. Hoje, Bolsonaro foi ao parque de diversões Beto Carrero World, na Penha.