Bowls: entenda a nova febre da alimentação saudável

Comidas servidas em tigelas podem te ajudar a comer melhor

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  • Giuliana Mancini

Publicado em 24 de outubro de 2018 às 11:50

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Renato Santana/CORREIO

Esqueça os pratos brancos e tradicionais: chegou a hora da tigela (bowl, em inglês). Elas estão dominando os restaurantes, especialmente os saudáveis, mundo afora. E o fenômeno culinário já fincou os pés em Salvador.Siga o Bazar nas redes sociais e saiba das novidades de gastronomia, turismo, moda, beleza, decoração e pets: Mas não estamos falando de sopas ou açaís, já comumente servidos em combucas, ok? O conceito vale para qualquer comida - principalmente as que unem folhas, grãos chiques (tipo quinoa e amaranto) e proteínas magras. A ideia vale para qualquer comida - não somente para sopas, por exemplo (Foto: Shutterstock/Reprodução) “O ato de comer está relacionado à mente. Com esse tipo de louça, você consegue incluir todos os grupos alimentares, podendo prestar atenção em tudo o que come - e, ao mesmo tempo, deixar o preparo muito atraente”, explica Thaís Vieira Viana, mestra em Alimento, Nutrição e Saúde e professora da FTC. 

No bowl cabem proteínas animais, verduras, cereais, frutas... E numa disposição em que fica tudo bem ‘aconchegante’, longe dos  pratos frios e sem graça. 

“Só com a montagem, conseguimos  despertar a sensação de comfort food (termo em inglês para comidas que despertam memórias afetivas  e valores nostálgicos)”, diz a chef Luisa Leite, do restaurante Da Vila (Rua das Hortênsias, 448, na Pituba).  Em uma das tigelas do restaurante Da Vila, há abacate, ovo, ricota de amêndoas defumada, entre outros ingredientes (Foto: Renato Santana/CORREIO) “Aqui, temos refeições completas dentro do bowl”, conta. Por exemplo, o Fatuch, feito com mix de quinoa, arroz negro, brócolis assados, homus, falafel, chutney de tomate e gersal (R$ 34). “Penso nos valores nutricionais para que seja algo rico e que também satisfaça”.

Outro restaurante saudável badalado na cidade, o Santo Verde (Rua Guadalajara, 9,  Ondina) também já tem opções de bowls - como o feito com quinoa, frango, tomate, cebola roxa, alho poró, crispy de inhame, brotos e creme de burrata (R$ 25).

“Ele pode servir tanto de lanche como almoço ou jantar. É uma refeição leve e prática, mas completa”, garante a nutricionista Vanessa Bulcão, que assina as receitas do local. Os bowls da Santo Verde são sugeridos como almoço, jantar ou até para um lanche (Foto: Renato Santana/CORREIO) Cadastre seu e-mail e receba novidades de gastronomia, turismo, moda, beleza, tecnologia, bem-estar, pets, decoração e as melhores coisas de Salvador e da Bahia:

Internacionais As comidas na tigela também já foram adotadas pelo Kawai Hawaiian Poke (Rua Ilhéus, 241, Rio Vermelho) e pelo Zaatar (Rua Ramalho Ortigão, 30, Pituba). Mas por motivos diferentes. 

“Aqui, escolhemos pela praticidade”, comenta o chef Adam Schnitman, do segundo local. Lá, quem não quer o shawarma (vulgo kebab) no pão folha pode  escolher a tigela. O processo funciona  da mesma forma: é só escolher a proteína - carne (R$ 25), frango (R$ 23) ou  falafel (R$ 23) -, os vegetais e molhos e pronto.  O Zaatar oferece a opção da combuca para quem não quiser a comida no pão folha (Foto: Renato Santana/CORREIO) “Esse fato de ser rápido e fácil também está relacionado ao boom do bowl. Você pode levar para qualquer lugar - a comida já está prontinha e fresca”, conta Thaís.

Já a escolha do Kawai por esse tipo de louça tem a ver com o fato do carro-chefe do restaurante ser de origem havaiana. “A culinária de lá serve o poke, culturalmente, na tigela”, explica Raphael Paica, um dos sócios. 

Por lá, um dos queridinhos é o Ohana, com salmão, atum, camarão, pasta de kani, arroz ou mix de folhas, manga, pepino, chips de coco, cebolinha, gergelim e wonton crocante, uma espécie de trouxinha salgada (R$ 36). No Kawai, no Rio Vermelho, os pokes são servidos nas tigelas, como o Ohana (Foto: Renato Santana/CORREIO) Beleza Se a beleza da refeição ajuda a abrir o apetite, em tempos modernos, ajuda também a influenciar e ser influenciado. “Já percebemos que, quando postamos nossos bows esteticamente mais bonitos, há um nível de engajamento maior dos nossos seguidores no Instagram”, declara Raphael. 

“Somos influenciados e estimulados pelos outros. Em média, tomamos 200 decisões alimentares por dia. E muitas levam em conta o visual. Se a comida for, além de saudável, bem colorida e bela então...”, fala Thaís.