Brasil decepciona e fica em 6º no revezamento 4x100m do Mundial

Nos 50m borboleta, Nicholas Santos vai à final

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  • Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2019 às 19:12

- Atualizado há um ano

. Crédito: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

O Brasil viveu momentos distintos neste domingo, no Mundial de Esportes Aquáticos, realizado em Gwangju, na Coreia do Sul. Prata no Mundial de 2017, em Budapeste, a equipe brasileira decepcionou e ficou apenas na sexta colocação na final do revezamento 4x100m livre masculino. O quarteto formado por Marcelo Chierighini, Pedro Spajari, Bruno Fratus e Breno Correia fez o tempo de 3min11s99. O ouro ficou com os Estados Unidos (3min09s96), a prata foi para a Rússia (3min09s97) e o bronze, para a Austrália (3min11s22). Nas eliminatórias, em que os brasileiros também haviam feito o sexto melhor tempo, o time nadou com André Calvelo, de apenas 18 anos, que então substituiu Gabriel Santos, titular do revezamento, mas que foi suspenso por oito meses por envolvimento em um caso de doping. Na final, o jovem Calvelo acabou dando lugar a Fratus, vice-campeão mundial dos 50 metros livre em 2017, que entrou na disputa por medalhas como trunfo do quarteto brasileiro. O melhor momento do Brasil na prova foi com Spajari, segundo a entrar na água. Ele chegou a assumir a segunda posição, mas diminuiu o ritmo e fechou sua participação em sexto, depois de Chierighini abrir o revezamento com o quarto tempo. Fratus fez a melhor parcial do time (47s78), chegou a nadar em terceiro, mas só bateu em quinto. Breno Correia, responsável por finalizar a prova, viu os norte-americanos dispararem e acabou em sexto.  "Estou orgulhoso do time, estamos classificados para a Olimpíada Foi uma prova boa, estou feliz com o esforço de todo mundo, sexto do mundo não é um resultado ruim, continuamos brigando pelo pódio", afirmou Fratus em entrevista ao SporTV. Nicholas Santos na prova dos 50m borboleta (Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br) Nicholas Santos nos 50m borboleta Nadador mais velho do Mundial, Nicholas Santos, de 39 anos, se classificou para a final dos 50 metros borboleta com o segundo melhor tempo das semifinais (22s97). O brasileiro, que é o atual vice-campeão mundial da prova, ficou atrás apenas do norte-americano Caeleb Dressel, uma das grandes atrações em Gwangju e que bateu o recorde da competição com o tempo de 22s57. Treinado pelo brasileiro Ari Soares e dono do recorde mundial com 22s27, o ucraniano Andreii Govorov terminou em terceiro, ao anotar 22s80. "O passo foi dado, que era passar para a final. Mas quero nadar abaixo do 22s40, é um objetivo pessoal, é na final que a gente vai colocar lado a lado e ver quem vai ganhar", disse Nicholas Santos em entrevista ao SporTV. Na eliminatória, o veterano havia dado um susto ao ficar em 11º depois de errar na saída. A decisão desta prova será nesta segunda-feira, a partir das 8 horas (de Brasília). Quem não conseguiu avançar à final foi João Gomes Jr. O brasileiro terminou com 11ª melhor marca nas semifinais dos 100 metros peito, com o tempo de 59s32, e ficou de fora da luta por medalhas. A prova tem como grande destaque o britânico Adam Peaty, que avançou em primeiro e quebrou o recorde mundial, nadando em 56s88. Katie Ledecky, de touca preta, é vencida por Ariarne Titmus (Foto: Manan Vatsyayana / AFP) Surpresa australiana Nas outras provas da natação no Mundial já encerradas neste domingo, destaque para o chinês Sun Yang, uma das estrelas da competição. O nadador asiático confirmou o favoritismo e venceu os 400 metros livre com o tempo de 3min42s44, levando os muitos torcedores chineses presentes no complexo aquático à loucura. O australiano Mack Horton (3min43s17) ficou com a prata, e o italiano Gabriele Detti (3m43s23), com o bronze. A grande surpresa do dia ficou por conta do desempenho da jovem australiana Ariarne Titmus, de 18 anos, que desbancou a favorita Katie Ledecky e ficou com o ouro nos 100 metros livre feminino ao nadar em 3min58s75. Ledecky tentava se juntar ao seleto grupo de atletas tetracampeãs mundiais, mas levou a prata. A norte-americana liderou boa parte da prova, mas foi ultrapassada nos metros finais e encerrou a prova em 3min59s97. Leah Smith, também dos Estados Unidos, fez 4min01s29 e faturou o bronze. A Austrália também desbancou os Estados Unidos e levou a melhor no revezamento 4x100 metros feminino. De quebra, a equipe australiana ainda cravou o novo recorde do campeonato, com o tempo de 3min30s21. As norte-americanas conquistaram a prata e o bronze ficou com o Canadá.